A última vez que dezembro riscou as taças do calendário foi em 2017/18. Carvalhal promete uma resposta forte e há razão para acreditar
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Num projeto sedento de títulos para consolidar o crescimento que já mantém o Braga a uma distância significativa dos demais clubes do campeonato, embora ainda atrás dos três mais ricos, ver riscadas do calendário duas competições em que surge como candidato natural à conquista dos troféus é um golpe duro, mas não tem de ser, necessariamente, um drama, tal como Carlos Carvalhal prometeu. Abel Ferreira demonstrou isso mesmo, da última vez que a SAD se deparou com um cenário assim, em 2017/18, e o que ficou para recordar foi uma lição de estabilidade e um final da época fortíssimo.
Goleado pelo Boavista (5-1) na Taça da Liga e eliminado por um golaço do Vizela da Taça de Portugal, Carlos Carvalhal enfrenta um cenário atípico, que promete superar. Abel Ferreira fez o mesmo
Em sete dias, o Braga de Carvalhal foi varrido da Taça da Liga com uma goleada do Boavista e despediu-se da Taça de Portugal em Vizela (a perder desde cedo e depois em inferioridade numérica), o que abriu uma folga atípica no calendário da Pedreira, agora limitado ao campeonato e ao play off da Liga Europa, com os moldavos do Sheriff, para discutir em fevereiro. Depois do golpe de Vizela, treinador e presidente prometeram um futuro risonho. Não é difícil imaginar o que terá custado a ambos este Natal, mas o passado recente mostra que a estabilidade prometida é possível. Em 2017/18, Abel Ferreira passou pela mesma frustração: eliminado da Taça de Portugal, em novembro, chegou ao fim do ano a dizer adeus à Taça da Liga.
Quatro épocas depois, o Braga termina o ano civil com um indesejado alívio do calendário, agora sem Taças. Em 16/17 o cenário foi semelhante, mas sem UEFA, só com a Taça da Liga
Sobraram campeonato e Liga Europa, com o Marselha a marcar o fim da caminhada. No entanto, depois de perder em França (3-0), a equipa goleou o Vitória de Guimarães (0-5), venceu a segunda mão europeia na Pedreira e só voltou a perder na última jornada do campeonato. Pelo meio ficou uma série de 12 jogos dez dos quais a vencer. Esse Braga terminou em quarto lugar, a mesma posição que ocupa o de Carlos Carvalhal, embora este tenha uma distância significativa a percorrer para incomodar os crónicos candidatos ao título. A resposta prometida apetece ver.