Marcou ao jogo 20 pelos guerreiros, já pensa nos 1000 na Luz e promete não largar a batuta de médio influente num setor recheado
Corpo do artigo
João Moutinho esperou 20 jogos para marcar pelo Braga, carimbar esse prazer numa nova morada, materializando o desejo nos palcos da Taça da Liga, ao fazer o gosto ao pé com um penálti na Choupana. Curiosamente, os dois últimos golos do médio a nível interno em Portugal, antes de emigrar, tinham ocorrido na mesma competição, há dez anos, quando brilhava pelo FC Porto antes de se transferir para o Mónaco, juntamente com o colombiano James Rodríguez. Moutinho marcara nessa Taça da Liga de 2012/13 ao Estoril e V. Setúbal. A busca por um remate certeiro já tinha saltado à vista, na prova, na receção ao Casa Pia, quando o médio, de 37 anos, viu um grande golo ser-lhe anulado.
Com uma grande sequência de jogos ganha e uma afirmação pujante no onze dos guerreiros, sobretudo, a partir da ausência de Al Musrati, Moutinho vai comandando o miolo, agilizando uma ampla gama de recursos e fabricando uma imagem dominante da equipa.
O categorizado internacional português, titulado na Seleção e no FC Porto, vai emprestando o seu jogo seguro e geométrico ao Braga, aproximando-se dos 1000 jogos como profissional, que, não sofrendo percalços, poderão ser consumados frente ao Benfica, a 10 de janeiro, numa visita à Luz, referente a compromisso da Taça de Portugal. Antes, terá embates com Casa Pia e V. Guimarães nessa contagem para a colheita dos mil.
O brilho de Moutinho tem dado estofo ao Braga no que é a destreza mental para grandes jogos e maiores sacrifícios, sendo o centrocampista dominante em minutos nos últimos dois meses dos minhotos, superando registos de André Horta, Vítor Carvalho e Zalazar. A idade é um posto e a qualidade ímpar, adornada de sabedoria em todas as ações. Já não parece haver discussão em torno da sua posição. É rei e senhor na Pedreira.