Média de jogos dos 15 atletas usados por Ralph Hasenhuttl na Champions é só de 3,8. Um handicap que, segundo o central, tem limitado uma equipa com um ataque ameaçador e laterais permeáveis
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O "pequeno" RB Leipzig começa a agigantar-se na Bundesliga, mas, na Liga dos Campeões, ainda tem muito que aprender. A opinião é de Naldo, que tem visto o próximo adversário do FC Porto a sofrer com a falta de conhecimento na competição milionária, na qual ainda procura a primeira vitória da história. "Uma coisa é jogar a Bundesliga e outra é a Champions. O FC Porto tem muita experiência, mas o Leipzig não. E isso está a pesar", garante o central do Schalke 04 a O JOGO. Aliás, a média de jogos dos 15 futebolistas utilizados até ao momento por Ralph Hasenhuttl na prova é de apenas 3,8. A dos 19 lançados por Sérgio Conceição é de 20,3.
A inexperiência do adversário, contudo, não deve levar os portistas a olhar para o Leipzig com superioridade. Bruma e companhia têm um infindável poder de fogo e, segundo Naldo, será necessária uma estratégia muito semelhante à utilizada pelo Schalke 04 na jornada inaugural da Bundesliga para a travar. "A melhor forma de derrotar o Leipzig é ser agressivo, porque, quando eles roubam a bola, principalmente através do Keita e do Forsberg, procuram chegar rapidamente à baliza. Então, o nosso segredo foi: sempre que perdemos a bola, a nossa defesa recuava e nunca tentava ir à queima. Se um se fazia à bola, o outro recuava, porque eles jogam muito entre linhas", explica o internacional brasileiro, defendendo que "a velocidade de Marega e Aboubakar poderão causar mossa" no último reduto dos alemães, à semelhança do que sucedeu no Mónaco, na segunda jornada da fase de grupos. "A exploração do contra-ataque será muito importante para o FC Porto. Nós fizemos um golo de penálti e, depois, utilizámos muito essa estratégia, porque, quando o adversário sai na frente, o Leipzig tenta tudo para chegar ao empate e a defesa fica exposta", desmonta.
Jogar em casa ou fora é, de acordo com Naldo, indiferente para o Leipzig. "Atacam e pressionam alto em todo o lado", acrescenta, deixando, no entanto, umas dicas aos dragões sobre os pontos que podem ser explorados. "O FC Porto deve atacar pelas pontas, porque nesse aspeto eles deixam um pouco a desejar. A defesa não é tão constante como o ataque e fica demasiado exposta quando eles perdem a bola, porque a equipa fica um pouco partida", sustenta. "Tanto o lado direito como o esquerdo são algo vulneráveis e nós procurámos chegar com insistência à linha de fundo para cruzar para a área", refere o brasileiro, de 35 anos, que, pelo que tem visto da equipa portuguesa, acredita que pode vencer. "Está a crescer, está mais agressiva com este treinador e isso será importante", conclui.