"O exemplo de quem tem como obrigação ser uma referência nem sempre é o melhor"
Duarte Gomes, ex-árbitro, critica o comportamento de dirigentes, técnicos e outros intervenientes no futebol nacional
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Duarte Gomes, membro do Conselho Nacional do Desporto, foi um dos participantes na Conferência Bola Branca, da Rádio Renascença, e entre os temas abordados pelo antigo árbitro esteve o comportamento de dirigentes e treinadores, entre outros intervenientes no futebol.
"Rivalidade saudável? Existe, mas menos no futebol profissional e no desporto de alta competição, infelizmente. Nos sítios onde o desporto está industrializado e valores mais altos do que a bola entrar na baliza se movimentam, nomeadamente as grandes consequências a nível de rescisões de contratos, patrocínios, acesso a provas internacionais, de muito dinheiro que vem de muitos sítios... Quando entramos no patamar do negócio, há muito menos ética. Não é só no desporto, na política é igual e em qualquer grande grupo de atividade", explicou.
"O que me parece é que falta mesmo formação de base e de educação das pessoas. E também me parece que os exemplos que vêm de quem tem como obrigação ser uma referência para as pessoas, quem forma opinião, como alguns responsáveis desportivos, nem sempre é o melhor. E é importante que alguns intervenientes no jogo, sejam treinadores, jogadores, dirigentes, quando têm intervenções públicas ou quando estão expostos na sua função, tenham a responsabilidade de perceber que os seus movimentos, ações e atitudes influenciam quem está a vê-los", sentenciou.
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