Extremo contratado pelas águias ao V. Setúbal cruzou-se com o ponta de lança no Bonfim e tece-lhe rasgados elogios.
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Colega de Gonçalo Paciência no Bonfim esta época, João Amaral gostava de ter visto o avançado do FC Porto ir à Rússia.
Jogou ao lado de Gonçalo Paciência. Sente que ele merecia lugar entre os 23 para o Mundial?
-Talvez. Mas esta foi a primeira época em que ele jogou mais regularmente e, no futebol, há que dar tempo. Com ele, é uma questão de dar tempo, tenho a certeza absoluta de que, daqui a uns anos, ele vai ser o ponta de lança da Seleção. É o jogador mais habilidoso com quem estive, sabe segurar a bola mas também é bom nos passes em profundidade, é bom com os dois pés e joga de cabeça. Consegue aliar a técnica à velocidade. (...) Antes de se ir embora do V. Setúbal, fiz oito golos e depois fiz apenas um.
E o João? Chegou a acreditar que podia estar na lista para a Rússia?
-O sonho temos sempre e isso, para mim, seria o auge da minha vida. Se isso acontecesse, diria: "Está tudo feito na minha vida, posso morrer descansado." Fiz duas boas épocas, é verdade, mas neste momento seria sempre difícil, pois há jogadores muito fortes para a minha posição e alguns a aparecer, como o Gelson e o Gonçalo Guedes, que vão dar um contributo muito bom à nossa Seleção.
Mas se já estivesse a jogar num grande, sente que teria espaço, pelo menos, na lista de 35 pré-convocados?
-O importante no futebol é o momento. Jogar num grande ou num pequeno? No futebol, tudo é possível.
Acredita que Portugal pode repetir a vitória num grande torneio internacional?
-Porque não? Ninguém acreditava em nós no Europeu e conseguimos. O nosso país tem uma cultura de esperança e de acreditar. Portanto, vamos acreditar até ao fim. As outras seleções é que são sempre favoritas. Nós não somos, mas somos uma equipa trabalhadora que vai dar tudo para ganhar.