Filipe Pedro, Bruno Dias e Rodrigo Ribeiro, trabalharam com João Pereira e revelam a O JOGO algumas das características do homem que assume o comando do Sporting
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Como jogador, João Pereira era conhecido por ser um lateral-direito muito aguerrido e temperamental. Bruno Dias revela que o técnico, de 40 anos, tem “uma paz enorme dentro dele” e que não lhe permitiu dar uma “dura” aos jovens da equipa de sub-23, num dia em que estes até mereciam. “Eu lembro-me perfeitamente que houve uma vez que estava com ele e disse que os miúdos estavam mais aparvalhados. Eu quis dar uma ‘dura’ aos miúdos, mas o João estava ao meu lado, e como o João era o principal, não dei. E depois perguntei-lhe: ”Como é que tu não dás? E ele disse assim: ‘Ia fazer o quê? Não ia servir de nada, portanto, gerimos de outra forma.’”
Além disso, Bruno Dias recordou que, no início da carreira de adjunto, João Pereira ainda participava nos treinos da equipa. “Chegou a acontecer, algumas vezes, termos oito ou nove jogadores para treinar, principalmente em situações mais específicas de seleções. E ele, enquanto adjunto, acabou por jogar muitas vezes e treinar muitas vezes. O João Pereira é extremamente competitivo. Mesmo nos treinos, eu lembro-me, ele não gosta de perder e é rígido. Mas daí a ser alguém fora do normal, não acho, nunca o senti mal educado, nunca o senti fora de controlo, sinceramente.”
Já Filipe Pedro acredita que essa raça de João Pereira pode ajudá-lo na carreira de treinador, tal como aconteceu durante o período em que foi jogador. “Demonstra que é muito competitivo e ele continua assim, o que é bom. Acho que foi o que o diferenciou na carreira dele como jogador e que pode agora fazer a diferença como treinador. Ele consegue passar isso aos jogadores e acredito que ele leve os jogadores aos seus limites. Está a crescer, estas características podem ser muito positivas”.
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