Agora a jogar no Kasimpasa, da Turquia, Cláudio Winck lembra a queda do Marítimo para a II Liga e lamenta momento titubeante, embora crente que os insulares regressarão ao convívio dos grandes
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Cláudio Winck fez 103 jogos em três épocas no Marítimo, deixando o clube depois da despromoção à II Liga, rumo à Turquia, atuando pela segunda temporada no Kasimpasa. O lateral-direito brasileiro, agora com 30 anos, vive realizado no novo destino encontrado, naquela que é a segunda etapa na Europa. "Estou muito feliz e adaptado à Turquia, uma liga muito forte e com grandes jogadores. Tenho feito boas partidas e espero continuar com este rendimento. Portugal teve um papel importante na minha adaptação na Europa, foi uma ótima porta de entrada e sou muito grato a isso", afirma o antigo lateral dos insulares, desejoso de continuar nas paisagens em volta do Bósforo.
"Eu tenho adorado cada treino, cada jogo, e tento sempre desfrutar o máximo possível. Mas, claro, que Portugal é um pais que gosto muito e tem grandes equipas, por isso nunca descarto nada. Nunca fechares portas a um regresso", atesta Winck, aproveitando também o pendor ofensivo da Liga Turca, conseguindo manter bons números de golos e assistências para defensor. "Acredito que sim, a Turquia tem um futebol muito ofensivo e eu sempre gostei disso, tenho bastante liberdade pra atacar. Os jogos são muito abertos e dá para jogar de igual para igual com todos. A nossa equipa tem caraterísticas, que me deixam muito à vontade", vinca Cláudio Winck, lamentando as notícias que chegam da Madeira, onde o Marítimo não vai disfarçando dificuldades em regressar ao convívio dos grandes.
"Fico triste pela situação do Marítimo, um clube histórico, tenho muitos amigos lá e um carinho muito grande pelos adeptos. Estou sempre a acompanhar, torcendo muito como um verdadeiro adepto", revela, refletindo sobre os anos críticos que levaram ao colapso do estatuto e fracasso com queda na Liga 2. "Acho que foram vários fatores, o clube fez escolhas erradas no geral, tivemos muitos treinadores e, no fim, mesmo com todos esses problemas, os jogadores quase conseguiram salvar o clube. Fiquei muito triste com essa situação, especialmente depois de ter feito três épocas muito boas. Como falei, sempre estarei puxando pela volta do Marítimo ao lugar onde deve estar", adianta Winck, 39 jogos em 2022/23, época em que os funchalenses foram treinados por Vasco Seabra, João Henriques e José Gomes, vendo a despromoção selada num play-off com o Estrela Amadora.