Goiano fez cinco épocas no clube e esteve na vitória sobre o Hoffenheim, por 3-1, em 2017/18, assinando o golo mais rápido na Europa. Esteve em foco num duelo que opôs Abel a Nagelsmann e acredita que triunfo pode voltar a sorrir, mesmo perante a força germânica. A receita vai sendo com linha defensiva a três.
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O Braga recebe o Hoffenheim, duelo que traz à memória os confrontos com o mesmo emblema na Liga Europa de 2017/18, e então orientado por Julian Nagelsmann, agora selecionador germânico. Os guerreiros venceram em casa e também na Alemanha, triunfos que muito ajudaram para garantir o primeiro lugar do grupo. Marcelo Goiano contribuiu para o 3-1 na Pedreira, abrindo contagem, aos 45 segundos. Fransérgio definiria o volume do marcador.
“Foi uma noite inesquecível, marcada na minha memória e na minha história. Deve ter sido o golo mais rápido do Braga na Europa. Não posso esquecer! Atenção que esse Hoffenheim tinha muita qualidade e liderava mesmo o campeonato alemão. Mas era também um grande Braga, com muita qualidade e um grande treinador, Abel Ferreira”, recorda, vincando essa dimensão fortíssima nos bancos, há sete anos: o 3-1 foi a 23 novembro de 2017.
“Eram técnicos acima da média, muito qualificados. O Abel foi mestre nessa partida, e mais ainda na Alemanha. Foi extraordinário, começou a desenhar a linha de três, fazendo com que eu jogasse a construir pela direita, com Esgaio à minha frente. Ele entendeu as características dos atletas e a equipa encaixou no sistema na perfeição”, atesta Goiano, vendo o atual Braga a fortalecer-se exatamente nesta fase num 3x4x3, com Roger e Gabri Martínez nos corredores.
O antigo defesa-direito afasta os julgamentos sobre os laterais de raiz, que têm estado muito discretos. “Nunca será por o momento menos bom de um setor a causa de um futebol menos atraente ou menos excitante. Várias situações podem convergir. Quem está a jogar agora tem respondido, só falta entender um pouco melhor o momento defensivo”, adianta, acreditando que o Braga puxará de credenciais na receção ao Hoffenheim, e arrisca até um provável protagonista.
“Será extremamente difícil, como é regra contra os alemães. Mas o Braga, ao seu melhor nível, irá vencer. Tem um plantel de muita qualidade, embora com jogadores que ainda não se adaptaram. Vejo o Bruma como jogador que pode desequilibrar mais”.
Os resistentes Matheus e Horta
Marcelo Goiano, que acabou a carreira no Sivasspor, fez 170 jogos em Braga e tem autoridade para falar do que espera na época em curso, mesmo com sinais ainda dúbios. “Espero um Braga igual a si próprio, a entrar sempre para vencer, batendo de frente com qualquer adversário. Espero que possamos estar em alguma final de uma competição. Seria ótimo somar mais um troféu”, sustenta o antigo lateral-direito, que ainda foi colega de Matheus e Ricardo Horta. “Têm papéis fundamentais na equipa e clube. Vão ajudar o mágico Braga nesta partida”.
Expectativa por Zalazar
Afastado dos últimos jogos por questões de acentuada fadiga muscular, provavelmente associada a uma lesão anterior, o médio Zalazar tem expectativas de defrontar o Hoffenheim, já que a recuperação está praticamente concluída. Carvalhal avaliará a consistência do uruguaio e tentará saber se correrá riscos com a sua utilização já neste duelo da Liga Europa.
O Hoffenheim, que vem de vitória apertada e um jogo espetacular com o Leipzig (4-3), chegará a Braga desfalcado do avançado Bulter, que tem sido peça importante com um total de cinco golos. O clube alemão explicou ontem que o jogador sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda. O austríaco Grillitsch será outro ausente, de acordo com o mesmo boletim.