Jorge Jesus esteve esta quarta-feira no novo programa de Cristina Ferreira na TVI
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A mudança para o Sporting e ser chamado de traidor: "Não tive muita noção no momento do que estava a acontecer, mudei porque sou treinador e não treinaor de nenhum clube. Estou grato a todos os clubes que me fizeram crescer. Quando mudei de clube rival, do Benfica para o Sporting, só depois comecei a perceber o quanto sentimentalmente isso mexeu. Não tinha noção do que podia mexer. Mudei porque achei que era o momento de mudar, como agora, foi o momento de mudar do Flamengo para o Benfica
Era amado, idolatrado: "Houve vários fatores que levaram a que tomasse esta decisão, a pandemia, o projeto que o presidente do Benfica apresentou e no qual trabalhei seis anos com ele. Foi o presidente que trabalhou mais tempo comigo, que melhor me conhece, que melhor eu conheço. O projeto que tinha e tem para o Benfica é ambicioso, vencedor, passa por mudar o paradigma do que estava a acontecer desportivamente."
Comvencido por Luís Filipe Vieira: "Sim, convenceu-me. Estava fora da minha cabeça, ia continuar mais um ano no Brasil. Só ele me ia convencer, a pandemia teve alguma influência. O vírus tanto está no Brasil como em Portugal. Aqui estou mais perto dos meus e posso ser um suporte para a minha família. Apesar de no Brasil não me faltar nada."
Amigos depois do Sporting: "Os primeiros seis meses... foi complicado. Ele defendia os interesses do Benfica, eu do Sporting. Zangámo-nos, não, chateámo-nos, mas a amizade era maior do que a decisão. Voltámos a aproximar-nos. Dentro desta lógica e da aceitação da pessoa em si, além de ser meu amigo, ser presidente.... Tenho três fases no Benfica. Cheguei ao Benfica era uma coisa, saí passados seis anos era outra coisa, tinha hegemonia e continuou depois a conquistar mais títulos com Rui Vitória e Bruno. Mudou completamente a hegemonia do FC Porto. Quando volteu, novamente ao contrário, a perder o campeonato nacional. Cheguei ao Benfica para ser muito melhor. Posso dizer que o Benfica hoje temcondições de trabalho, no Seixal e Luz - o espaço privado para jogadores, famílias, antes e depois do jogo é unico. Duvido que alguma equipa do mundo tenha aquela qualidade. Deve haver jogadores que não sentem que estão numa cabine, devem pensar que estão num hotel cinco estrelas. Tenho de enaltecer tudo isto."
Contrato de um ano: "Porque não queria que as pessoas pensassem que vinha para Portugal para me reformar. O presidente queria quatro anos, eu queria um. Convenceu-me a assinar por dois anos. Porque o projeto da Europa não passa por um ano, para teres equipa com outras ambições na Europa num ano não consegues."