Rustam Khudzhamov, treinador de guarda-redes da seleção ucraniana, traça o perfil do reforço para a baliza
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Anatoliy Trubin é reforço para a baliza do Benfica e custou 10 M€, valor que não assusta quem o conhece. Rustam Khudzhamov, treinador de guarda-redes da seleção da Ucrânia - para a qual o guardião Trubin foi chamado, assegura que o jovem de 22 anos pode seguir os passos de Oblak na baliza, um caminho que, naturalmente, está aberto pelo litígio entre Vlachodimos e Roger Schmidt.
Técnico desvaloriza o valor investido, considerando que os 10 milhões de euros pagos pelo Benfica podem quintuplicar no futuro. Acredita mesmo que o ucraniano não está atrás de Vlachodimos.
"Temos de perceber que o Benfica tem um departamento de prospeção muito forte, o que sustenta o aumento do seu orçamento, que lhe permite comprar e depois vender a um preço muito elevado. Pagar 10 M€ é um investimento reduzido em algo que, potencialmente, pode ser aumentado de cinco a seis vezes. Além disso, queriam dar competição a Vlachodimos e Trubin não foi contratado com base apenas em imagens de vídeo, foi observado ao pormenor. No caso de Ederson e Oblak, já chegaram ao Benfica formados e o esloveno jogou apenas uma época lá. Quanto a Trubin, o Benfica vê nele potencial e acreditam que pode ser como Oblak, ter um caminho semelhante", destaca em declarações ao portal "Ukrfootball.ua".
Khudzhamov informa que o Inter esteve na corrida pelo guardião, mas que este sentiu que teria poucas hipóteses de jogar com regularidade.
Depois, desvendou a crença de que o internacional ucraniano não fica atrás de Vlachodimos. "Pode conquistar a titularidade no Benfica, caso contrário não teria aceite a transferência e o Benfica não teria pensado nele. Existem sempre guarda-redes com características mais fortes, mas, neste caso, não me parece que haja uma diferença enorme nas capacidades dos dois guarda-redes [refere-se a Trubin e a Vlachodimos] ao ponto de impedir que Trubin possa jogar. Quando estiver em forma poderá mostrar que não é inferior a Vlachodimos", explana, ainda que acrescentando não ter visto "o suficiente de Vlachodimos para analisá-lo" e que tal "seria uma falta de respeito". Deixa sim o elogio ao pupilo na Ucrânia: "Tem uma experiência considerável nas provas europeias e estreou-se pela seleção numa grande competição. Irei apoiá-lo em qualquer situação e para mim estará sempre em primeiro lugar em todas as avaliações e tem mesmo muito potencial".
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Khudzhamov deseja que a transferência "beneficie todas as partes interessadas, tanto o jogador como o futebol ucraniano", e revela que o atleta formado no Shakhtar e opção recorrente nos últimos três anos no clube teve o Inter, finalista vencido da Liga dos Campeões, no seu encalço: "Seria difícil para ele ir para o Inter na condição de jogador livre porque o Inter contratou Sommer ao Bayern. Em segundo lugar, ficar um ano afastado dos relvados e depois ingressar num dos principais clubes italianos seria difícil para conseguir jogar".
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Yaremchuk marcou nove golos em 42 jogos e não se assumiu como o matador que Jorge Jesus queria em 2021/22. Khudzhamov descarta comparações. "Depende sempre do jogador, de como trabalharam com ele. Os adeptos do Benfica são muito exigentes, acho que são mesmo os mais exigentes em Portugal. Mas tudo depende do jogador. Não diria que o Roman partiu como uma deceção, simplesmente não mostrou tudo o que podia porque tinha em Darwin um concorrente muito forte que se mudou depois para o Liverpool", termina.