Contas do V. Guimarães voltaram ao negativo. Relatório referente à temporada passada apresentou um prejuízo de 15 milhões de euros
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As contas do Vitória de Guimarães voltam a estar negativas. Segundo o relatório e contas referente ao último exercício, os conquistadores apresentaram um prejuízo de 15 milhões de euros nas atividades do clube e da SAD, detentora da equipa da I Liga. Depois do lucro de 6,4 M€ em 2022/23, as contas voltam, assim, ao vermelho, depois do resultado negativo de 14 M€ na época 2021/22, numa temporada em que o Vitória, ao contrário da atual, não conseguiu o apuramento para as competições europeias.
SAD apresenta novamente um saldo negativo, após o lucro de 2022/23. Documento vai ser votado em Assembleia Geral, já no dia 18, e no exercício não entraram ainda os milhões de Jota Silva e Mangas.
A cargo do futebol profissional e da maioria do futebol de formação, a SAD fechou a última temporada com um prejuízo de 14,72 milhões de euros, em contraste com o lucro de 2022/23 (1,74 M€), enquanto o clube, responsável por outras 13 modalidades desportivas, concluiu a época com um prejuízo de 1,13 milhões de euros, após um lucro de 4,63 milhões em 2022/23. O documento mostra que o prejuízo total resulta da quebra de 46 por cento nos rendimentos totais, dos 45,47 milhões para os 24,49, e do aumento de 9,2 por cento nos gastos totais, de 28,15 milhões para 30,76 , o que gerou um resultado operacional (EBITDA) negativo, de 6,34 milhões, depois agravado pelos gastos em juros, impostos, depreciações e amortizações.
“O rendimento da equipa foi crescente e resultou na conquista do quinto lugar”
No mesmo documento, que ainda não inclui as transferências de Jota Silva para os ingleses do Nottingham Forest, e de Ricardo Mangas, para o Spartak Moscovo, na última janela de transferências, António Miguel Cardoso destacou a boa caminhada dos vimaranenses na última temporada, admitindo que o afastamento das competições europeias afetou os resultados.
“O afastamento da Liga Conferência não permitiu o retorno financeiro esperado”
“O rendimento da equipa foi crescente e resultou na conquista do quinto lugar e no estabelecimento de um novo recorde de pontos somados (63) na Liga Portugal, com consequente apuramento para a UEFA Conference League pela terceira temporada consecutiva, e numa participação duradoura na Taça de Portugal, da qual foi eliminada somente nas meias-finais. O precoce afastamento da Liga Conferência não permitiu o retorno financeiro esperado, uma vez que os gastos foram similares aos da época anterior”, pode ler-se.
O relatório vai ser votado em Assembleia Geral já no próximo dia 18.