Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o Aves SAD, no Estádio do Dragão, relativo à 26.ª jornada da I Liga e agendado para as 18h00 de amanhã
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Que mensagem tem para os adeptos do FC Porto que contestaram a equipa depois de Braga e começam a olhar com alguma desconfiança para o seu trabalho? "Que acreditem. Sei que clube represento, o trabalho que faço e acredito muito nos nossos jogadores e no que somos capazes de fazer. Sabemos o que estamos a fazer, o que temos de melhorar, o que estamos a fazer bem e que precisámos deles [adeptos]. Como já disse, fui adepto do meu clube [Newell’s] e o adepto é como a namorada mais difícil, não te vai dar amor só porque sim. Gosto disso, porque é preciso conquistá-la. Sabemos que temos de os conquistar, mas também sabemos que precisámos deles. Que estejamos todos juntos. É por aí. Quando vamos todos juntos contra o que possa vir, geram-se essas dinâmicas que te tornam invencível. Termino como no princípio: que acreditem."
Continua a sentir os jogadores abertos à sua ideia de jogo? "A profundidade de resposta à tua pergunta vai levar-me mais de sete minutos e não quero bater o recorde que tive na conferência anterior. Sistema não tem que ver com modelo de jogo. Não é o mesmo. Sistema é uma coisa, modelo é outra. Para mim, sistema a disposição dos jogadores dentro do campo, como fazemos as coisas. Modelo, é o que fazemos e isso não vou mudar. Tentar controlar o jogo com bola ainda nos falta – se quiserem, anotem numa lista as coisas que nos faltam –, recuperar a bola o mais depressa possível para a termos, mas, por vezes, não podes estar a pressionar o jogo todo, que é o que gostaríamos de fazer, porque, para pressionar, tens de saber tê-la. Se a perdermos rápido, tens de pressionar rápido. Então, temos de saber ter mais a bola, para poder controlar mais o jogo com ela e não através de defendermos. Temos de defender com ela e gerar mais possibilidades ou possibilidades de fazer um golo. Isso é modelo de jogo. Com que sistema atacou o FC Porto com o Braga? Atacou com o Otávio a lateral, com Nehuén e Marcano como centrais e com o Martim Fernandes como lateral-direito. Olho. Sistema, olho. Os nomes são uma coisa, o sistema é outra. Não atacámos com três, mas com quatro a construir. Revejam o jogo. E no segundo tempo atacamos com três, porque o Varela encostou-se aos centrais por momentos. São perguntas que encaixam coisas que não são bem assim."
Nos últimos jogos, o FC Porto tem feito poucos remates à baliza. Como tem trabalhado isso? "Vamos ser concretos: remates à baliza não contam. Não conta se for um ou mil. Não contam. Vamos tirar essa estatística, por favor, porque se o Diogo [Costa] bate e chega à baliza vai contar como um remate à baliza. Portanto, remate à baliza, não é uma estatística. O perigo que gera esse remate à baliza é que é uma estatística. Aí sim, estamos de acordo: pouco perigo. Temos de melhorar. Estamos a trabalhar para melhorar."