Declarações de Nuno Santos, ala esquerdo do Sporting, em entrevista à Sport TV
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O ala esquerdo Nuno Santos esteve lesionado grande parte da temporada e falou, em entrevista à Sport TV, de como viveu por fora a conquista do título pelo Sporting: "Massacrei a cabeça dos meus colegas a época toda. Sabia que conseguíamos, estivemos a dar tiros nos pés durante a época. A época é longa e são bastantes jogos."
"Depois de tantos anos sem me lesionar... Esta foi mais difícil, porque estava num bom momento, mas estou quase de volta. Tenho saudades de ajudar os meus companheiros. Tive muitas dores e foi complicado no primeiro momento. Quando o doutor veio comigo, disse que não valia a pena... O meu joelho ficou dobrado e nunca mais o conseguir esticar. Foi sozinho. Não é fácil passar uma terceira vez por uma lesão tão grave. Sou um jogador ambicioso e ainda tenho muito pela frente. É aguentar, estou na última fase. Já vejo a meta. Por mim já queria ter a força normal para voltar a treinar. Não joguei nem com João Pereira ou Rui Borges. Espero fazer a pré-época com a equipa", desabafou, a abrir.
O sentimento que desperta nos adversários é motivo de regozijo para Nuno Santos: "Sinto prazer em ir aos outros estádios e que me assobiem. Gosto disso. Se não me dissessem nada... Sei que sou importante para eles."
Quanto aos jogadores mais decisivos da época, dois nomes sobressaem: "O Viktor Gyokeres pelos golos e números. É um ponta de lança difícil de encontrar na atualidade. O Morten Hjulmand pela maneira como joga, muito calmo, com personalidade, a forma como joga de costas. Acho que não vai embora. O presidente não pode deixar o Morten ir embora. Se fosse, era uma baixa muito grande. O Morten é um jogador fulcral na equipa."
E com Gyokeres, Nuno Santos tinha uma ligação especial: "Conseguíamos ver nos treinos a fome que tinha para fazer golos. Mesmo quando estava a jogar, gosto de fazer finalização, mas pegava na bola e cruzava para o Gyokeres. Sentia que ele tinha a necessidade e eu também."