Jogador do emblema leonino em declarações à Sporting TV
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Aniversário da Sporting TV, tem importância? “Quero felicitar o Sporting e a Sporting TV pelo aniversário, pelo trabalho que têm feito desde sempre, são sempre uma ajuda para nós, estou aqui para dar os parabéns pelo excelente trabalho.”
Sporting TV é uma forma de os adeptos poderem estar mais perto dos jogadores do Sporting? “É sempre muito bom o vosso trabalho, é bom para os jogadores e para os adeptos, e tem sido feito de uma maneira excelente, temos um carinho muito especial por vocês. Os adeptos vão ver que o trabalho é sempre muito bem feito, espero que seja para dar continuidade.”
Número 11 é muito importante? Já é talismã? “Sempre gostei muito desse número, desde miúdo. É um pouco pela minha posição em campo, desde miúdo ficava com o número 11, só não ficava quando não dava. No Vitória de Setúbal estava lá o Costinha que jogava com a 11, fiquei com a 10, mas não é um número com o qual me identifique muito. O número 11 faz parte da minha pele, para onde quer que eu vá gosto de ficar com a camisola 11. Se fosse para uma equipa onde o número 11 não estivesse disponível, não saberia qual número escolheria. Quando vim para o Sporting, a primeira coisa que pedi foi a camisola 11. O Tiago Tomás tinha ficado com ela, mas o Hugo Viana falou com ele e o Tiago Tomás deixou-me ficar com ela. Enquanto estiver no Sporting, o 11 será meu, se me deixarem.”
Primeiro golo contra o Portimonense: “Um dos golos mais especiais para mim, com a camisola do Sporting, foi no dia 11, ainda foi mais especial. Está na minha pele, tatuei e vai ficar para sempre.”
Saudades de jogar? “Sinto-me bem, na última conversa sobre isto disse que ia estar pronto para a Supertaça, não vou estar presente como jogador, vou estar nas bancadas a apoiar. Não é porque não quisesse estar neste momento, mas está muito próximo, é só esperarem um pouco mais, que daqui a pouco estou de volta. Não tem sido fácil, mas sou um guerreiro. É difícil falar sobre isto, mas estou quase de volta, para dar alegrias a mim, à minha família e aos sportinguistas, que é o que mais gosto de fazer. Não é fácil ver a equipa treinar, e eu quase com nove meses de lesão a ter de me levantar para ter de fazer o tratamento, o treino de ginásio, mas isto é a minha vida, é o que gosto de fazer, mas nunca vou desistir, essa palavra não existe no meu dicionário. Cada vez está mais perto, o pior já passou, daqui a nada estou a tocar na bola, a trabalhar no relvado, a sentir aquela adrenalina de vestir esta camisola, que visto todos os dias, mas dentro do campo é diferente.”
Lesão: “A minha lesão é complicada para um jogador de futebol, mas é mais pela cabeça. Sempre disse durante a minha carreira, já não tinha uma lesão muito grave há muitos anos, sempre disse que as lesões são difíceis, mas a nossa cabeça é que manda, a nossa vontade de melhorar todos os dias. Nunca digo mais um dia, digo menos um dia. Conto os meses direitinhos, e coloco prazos, como fiz para a Supertaça, pensava que conseguiria. Para que os adeptos fiquem tranquilos – não se passou nada, são etapas, e há uma etapa que está a ser ultrapassada, a etapa de voltar ao campo está quase, vou voltar mais forte.”
Apoio da família: “Chegar a casa, ver os meus filhos e a minha mulher, a darem o apoio de que preciso, tem sido [importante]. Quando chego a casa tenho de mudar um pouco, eles são pequenos, o passar dos anos faz-me pensar de outra maneira. Os miúdos têm muitas saudades de ver o pai [jogar]. Vêm-me lágrimas aos olhos quando o meu filho mais velho diz 'Papá, tenho saudades de te ver jogar'. O meu filho dizer isso, e eu dizer que está próximo [o regresso] deixa-o com um sorriso na cara. Perguntava-lhe de quem ele gostava mais no Sporting, e ele disse 'Primeiro, o papá'. Ele sente a falta de ver o pai a jogar. É isso que me dá vontade de trabalhar, para os ver felizes, assim como a minha esposa, os meus pais, as minhas irmãs. Eles sentem a falta disso. A minha família e os meus amigos ligam-me, perguntam-me sobre isso, e eu não quero falar sobre isso. Perguntam-me se já estou a correr, se já estou no relvado, e eu digo 'Quando estiver apto, digo-te, não me perguntes sobre isso'. Sinto falta de ar, relativamente a isso. Os meus filhos são a minha vida, e a da minha esposa. Vivemos para eles, eu jogo futebol, mas o nosso dia-a-dia, a seguir ao futebol, é vivido para eles, para o levar ao treino – ele também joga no Sporting – para o levar ao colégio, eles são a nossa força, a nossa motivação. Nestes jogos, acompanharam sempre o pai, que não jogou. Nos últimos jogos fora, iam muitas vezes ver, com a minha esposa, porque eles gostam muito, e sentem muito a falta do pai em campo.”
Vontade dos adeptos de verem Nuno Santos regressar: “Sei que os adeptos gostam muito de mim, têm um carinho especial por mim, e eu por eles. Deste clube nem se fala, estou muito grato ao Sporting por tudo.
Pré-época, com fasquia elevada pela época passada: “Como atleta, não me revejo noutro nível, gosto de ganhar títulos. No futebol, temos de saber estar sempre a 100% para ganhar títulos. Vimos esta responsabilidade, ganhar dois campeonatos seguidos, e pensarmos que podemos ser tricampeões é uma coisa que eles têm de colocar na cabeça. Digo aos mais novos 'Vocês não têm noção do que é ser campeão aqui, temos de nos concentrar, agarrarmo-nos uns aos outros, para sermos bicampeões'. Agora, só penso no tri, em entrar, poder ajudar. Depois deste sofrimento, desta batalha, esta aprendizagem, penso em poder entrar e ouvir o estádio a bater-me palmas, a aplaudir-me. Eles têm saudades minhas, o Quaresma disse-o, eu sei que faço muita falta ao grupo, dentro e fora do campo. Sou uma pessoa muito brincalhona, mas também gosto de dizer quando as coisas estão mal ou estão bem, estou sempre a apoiar, sei que sentem a minha falta, e eu sinto a deles. Quando voltar, espero que os adeptos estejam na máxima força, tanto para me apoiarem, como para apoiarem a equipa, que está a ser um ombro amigo nesta fase.”
Projeção do regresso ao relvado na cabeça: “É o momento que eu projeto mais, porque sei que está próximo. Sei que vou chorar, porque o tempo passa e isto é a minha vida. Sinto umas saudades enormes de marcar um golo ou assistir. Sei que vou voltar muito bem, mas esse primeiro dia vai ser muito especial, esses primeiro momento, o primeiro passo com o pé direito a entrar na relva, vai ser muito especial, vai ficar marcado na minha cabeça e na minha carreira.”
Última época: “Na época passada aconteceu muita coisa junta, tivemos de ter uma cabeça muito forte, e eu sei que a tenho, apesar de saber que, por vezes, não parece que tenho. Isto é uma capa que eu meto, não sou aquilo que as pessoas pensam, já o disse várias vezes. Sou um coração mole, gosto de ajudar, e só penso em ganhar títulos. É isso que me faz ser assim, sempre fui assim ao longo da minha carreira, com as lesões e com as aprendizagens, ainda mais.”