Adeptos do clube de Matosinhos contestaram a possível construção da Cidade do FC Porto num terreno do concelho.
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A candidatura de Nuno Lobo, um dos candidatos vencidos nas eleições para a presidência do FC Porto, emitiu esta terça-feira um comunicado em que comenta a questão da possível construção da Cidade Desportiva do clube azul e branco em Matosinhos, contestada pelos adeptos do Leixões.
"Porque conhecemos bem este projeto, informamos os sócios portistas que o projeto da Cidade do FC Porto está completamente aprovado em Matosinhos, mas o FC Porto teima em não apresentar garantias bancárias de construção do empreendimento. So isso está em causa", assinala o comunicado, depois de, na segunda-feira, a Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) ter negado a cedência de terrenos para a construção futura.
A CMM diz que está a "analisar um Pedido de Informação Prévia (PIP) que demonstra a intenção do FC Porto em instalar um complexo desportivo, com várias valências, no lugar da Amieira, na freguesia de São Mamede Infesta", mas que ainda nada foi aprovado e que, por essa razão, nega "categoricamente todas as notícias que vieram a público insinuando que a Câmara Municipal de Matosinhos teria cedido terrenos ao FC Porto".
A candidatura de Nuno Lobo frisa que o FC Porto "não mendigou terrenos a ninguém". O FC Porto, a fazer o favor de construir a Cidade do FC Porto em Matosinhos, paga e paga bem pago, um terreno agrícola, transformado em urbano, pelo proprietário, com a conivência da CM Matosinhos, para a construção de 6/7 campos de futebol e um hotel", acrescenta, deixando críticas aos adeptos contestatários do Leixões:
"A marca Porto é enorme para caber em Matosinhos e tomara aos adeptos do Leixões que o FC Porto se instalasse num terreno que sobrevalorizou 10 vezes mais. Um conselho ao recém-eleito presidente do FC Porto: procure um terreno agrícola da mesma dimensão ou maior, a 3€/m2 para agricultura e transforme-o com viabilidade de construção, diretamente noutra Câmara. Este sim é que seria um negócio que protegeria o clube, de outra forma é mais um tiro no pés. Bem-hajam por não terem vontade de nos ter em Matosinhos, gostaríamos que quem fez o Parque da Cidade pensasse que Matosinhos beneficiou a sul, muito mais do que Porto. Tacanhice cabe, cada vez menos, no século XXI", remata o comunicado.