Stephen Eustáquio, médio do FC Porto, deu uma entrevista à DAZN, em antevisão ao Mundial de Clubes que se joga entre 14 de junho e 13 de julho
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Jogar o Mundial de Clubes: “Acho que é uma competição diferente, parecida com o Mundial, o Europeu e a Copa América por ser tão internacional. Mas agora, pelo facto de conseguirmos representar o nosso clube, acho que vai ser uma aventura. A equipa está motivada, penso que vai ser um torneio único e estamos muito felizes de o podermos disputar. No início estávamos todos um pouco na expectativa de como seria, mas também acredito que estamos numa fase de grupos em que vamos ter muitos adeptos de ambas as equipas nos estádios, por isso é uma oportunidade perfeita para elevar o nome do FC Porto o mais alto possível.”
Conhece bem os locais onde o FC Porto vai jogar e espera apoio: “Sim, eu acho que o meu conhecimento é mais dos estádios porque já passei por muitos daqueles estádios. Mesmo também jogar nos Estados Unidos no verão. Já tive a oportunidade de disputar a Gold Cup e a Copa América e sei que há muitos portistas em Toronto, espero que façam uma pequena viagem até ali, é sempre mais perto. Penso que vamos ter muito apoio, sem dúvida. É sempre positivo, mesmo se o estádio estiver cheio por causa dos adeptos adversários. Há sempre aquele fator extra de concentração, vamos estar mais metidos no jogo. Mas também acredito que irá haver muitos portistas nos estádios. Logicamente que o Al Ahly é um dos maiores clubes egípcios, o Palmeiras um dos maiores brasileiros e o Inter Miami, por ter o Messi, sabemos que vai sempre encher, mas nós somos o FC Porto, acredito que vamos levar muita gente. Serão jogos muito difíceis, mas bonitos de disputar.”
Al Ahly é o mais difícil do grupo: “Vou ser sincero, acho que é o Al Ahly, até pelo desconhecimento que temos da equipa, mas não queremos desrespeitar como é óbvio. Já muita gente me disse que é uma equipa muito boa, forte fisicamente, que gosta de correr. Todos os jogos são difíceis, o Palmeiras também é um adversário muito difícil, o Inter Miami também tem as suas qualidades. Por isso acho que vão ser jogos bastante disputados e que é um grupo equilibrado.”
Sobre Martín Anselmi: “Tem sido muito bom trabalhar com o mister. Estamos a falar de um treinador que entrou a meio da época, é sempre complicado porque ele tinha que apresentar resultados durante a competição, o que nunca é fácil. Estamos a preparar-nos bem para o Mundial de Clubes e a melhorar. É um treinador muito positivo também, que nos ajuda imenso e temos tido prazer em trabalhar com ele. É um treinador que gosta muito de ter a bola e nos dá ferramentas para que a tenhamos mais tempo e nunca percamos o olhar da baliza adversária. O meu objetivo, da equipa e do mister é apresentarmos a melhor qualidade de jogo possível neste Mundial de Clubes e também equilibrar isso com as vitórias, porque sem ganhar nunca vamos conseguir ir longe.”
Polvalência demonstrada esta temporada: “Esta polivalência dá-me outras qualidades que pensava que não tinha. Nunca pensei jogar a central, mas estou a tentar fazê-lo da melhor forma para ajudar a equipa e o mister também. Quando ele precisa que jogue a médio, acabo por também o fazer. Consigo também pisar às vezes a área contrária, o que também é muito bom. Acabo por fazer um bocado de tudo, mas nunca deixando de ser o Eustáquio que sempre mostrei ser.”
FC Porto joga com Palmeiras e Al Ahly no no MetLife Stadium: “Já tive a oportunidade de jogar nesse estádio contra a Argentina. É um estádio muito bonito, muito grande e realmente conseguimos sentir a presença dos adeptos junto ao relvado. Se tivermos milhares de portistas lá, acredito que vai ser mais fácil para nós ganhar.”
FC Porto motivado: “Podem esperar uma equipa que se vai apresentar da melhor forma e motivada. Acredito também que vamos ter jogos muito difíceis porque as outras equipas também são muito boas, mas acho que, se tivermos a mentalidade certa e as características certas, vamos ter tudo para passar a fase de grupos. Os jogos seguintes vão ser contra equipas muito difíceis, isto quase que se trata de uma Champions, mas vamos tentar fazer o melhor para ir o mais longe possível.”
Palmeiras é o adversário que mais quer defrontar: “O jogo que mais quero jogar é contra o Palmeiras. Não há nenhum jogador específico com quem queira trocar a camisola, mas acho que jogar contra uma equipa brasileira e do nível do Palmeiras vai ser muito bom.”
Pedir a camisola de Messi? “Acredito que haja alguns jogadores que já tenham isso na cabeça, mas ainda não discutimos isso.”