No jogo em que se despediu dos relvados, Daniel Almeida marcou o golo do Atlético que derrotou o Lourosa
Corpo do artigo
Há sonhos que por mais que desejemos, dificilmente se concretizam. Não foi o caso de Daniel Almeida, que embora não tenha feito pedidos especiais para o jogo de despedida dos relvados acabou por marcar o golo da vitória por 1-0 sobre o Lourosa. “Nunca imaginei acabar assim, nem em sonhos. Sinceramente não há palavras para descrever aquele momento, com todas as pessoas de que mais gosto ali a ver. Sendo o último jogo, o facto de não marcar há muito tempo, de o Atlético não ganhar em casa há algum tempo e de conseguir fazê-lo na minha despedida dos adeptos e do treinador foi especial”, conta o central, de 40 anos, a O JOGO.
O golo foi marcado de cabeça, na sequência de um canto de Tiago Morgado, saindo de campo sob aplausos aos 30 minutos. “Só queria despedir-me dentro do campo, o resto veio por acréscimo. A ideia era sair na primeira parte para ter uma ovação. A saída já estava definida e não teve a ver com questões físicas”, revela.
Sublinhando que a vitória sobre o Lourosa, que ainda luta pela subida à II Liga, “foi justa, tendo em conta as oportunidades criadas”, Daniel considera que “toda a equipa deu uma grande resposta contra um adversário de valor”, sustentando que o Atlético “teve uma boa atitude e mostrou que a classificação não condiz com a qualidade que tem, pois foi muito superior”.
Apesar de ter anunciado o fim de carreira, Daniel Almeida ainda acompanhará a equipa na última jornada, diante do Braga B, outro adversário, que está em excelente posição para subir. “Ainda estou a trabalhar com o plantel e posso ser opção. Vamos a Braga para dar luta, não vamos facilitar a vida a ninguém. Faz parte do nosso brio profissional encarar todos os jogos para ganhar”, salienta, acrescentando que apanhou “muita gente boa no mundo do futebol” e vai levá-los “para a vida”.
Futuro é manter-se no futebol
Licenciado em Gestão do Desporto na Universidade de Lisboa, Daniel Almeida ainda não sabe o que fará no futuro mas deseja manter-se ligado ao futebol. “Planeei a saída quando acabasse o curso e agora vou começar a encetar contactos. Quero continuar ligado a esta área e a ter mais conhecimentos”, frisa, recordando alguns pontos altos da carreira, além das duas subidas consecutivas no Atlético e a permanência na Liga 3. “Subi com o Oriental à II Liga, assim como com o Vilafranquense e joguei nessa prova também pelo Cova da Piedade”, realça, assumindo-se “um privilegiado” por ter feito o que mais gosta, que é jogar futebol, algo que nem todos conseguem.