Números de Roger Schmidt no PSV são piores que os de Sérgio Conceição e Rúben Amorim
Alvo do Benfica regista percentagem de vitórias mais baixa que a de Rúben Amorim e Sérgio Conceição em dois anos
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Roger Schmidt é alvo do Benfica para comandar o plantel da próxima temporada, podendo suceder a Nélson Veríssimo, sendo o técnico alemão do PSV Eindhoven visto como um defensor do futebol de ataque, de privilegiar o espetáculo, algo que não lhe tem rendido muitos títulos ao serviço do emblema dos Países Baixos.
Em duas épocas ao serviço dos neerlandeses, conquistou uma Supertaça e, olhando para o número de vitórias alcançadas, apresenta uma percentagem que é superada, em Portugal, pelos dois maiores rivais das águias.
Roger Schmidt levou o PSV à conquista de 63 vitórias em 95 partidas - duas delas frente ao Benfica de Jorge Jesus, tendo registado uma derrota e um empate com os da Luz que eliminou os neerlandeses da Champions -, o que equivale a uma média de triunfos de 65,6 por cento nas duas temporadas de ligação ao clube dos Países Baixos.
Comparando com o campeonato português, similar na qualidade das equipas e nos candidatos crónicos ao título, Rúben Amorim regista 75 por cento de triunfos pelo Sporting e Sérgio Conceição 69,3 pelo FC Porto.
É este o registo do treinador de 55 anos que está nos planos de Rui Costa, tendo o presidente das águias já contactado o alemão, que até já anunciou a sua saída do PSV no final da temporada.
A este respeito, sem confirmações de parte a parte, o jornal germânico "Bild" anunciou na quinta-feira que é total o acordo entre águias e Schmidt, com a CNN Portugal a garantir que o contrato será válido por duas temporadas. Em resposta a estas informações, fonte oficial dos encarnados informou que o emblema da Luz "não tem contrato assinado com nenhum treinador para a próxima temporada", não desmentindo que Roger Schmidt seja, de facto, um nome que está na calha para assumir o plantel.
Ex-internacional Kieft em choque
Várias figuras do futebol neerlandês têm-se mostrado algo surpresas com a eventual aposta do Benfica em Roger Schmidt. Ontem, juntou-se a elas o ex-internacional Wim Kieft. "Há sempre clubes para ele. Se olharmos para os resultados de Schmidt nos últimos dois anos não são bons. Mas, de repente, surgem grandes clubes. Isso surpreende-me sempre", disse Kieft. Já o veterano jornalista Kees Jansma foi mais ainda longe: "O futebol português é algo frívolo mas é para verdadeiros vencedores. Se eu fosse o Benfica, não assinava com Schmidt."