Aos 36 anos, Quaresma garante que se sente em boa forma e, em entrevista a O JOGO, esclarece que não tem data marcada para descalçar as botas. Nesta altura quer que o futebol volte para alegrar as pessoas.
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O ditado diz que não há duas sem três. Será mesmo assim? Quaresma teve uma primeira passagem pelo FC Porto de 2004 a 2008, saiu e voltou em 2013 para ficar até 2015. No Dragão venceu três campeonatos, uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
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Foi feliz, divertia-se a jogar futebol e encantava as bancadas. Os portistas não o esquecem, o extremo também jura amor eterno ao clube. Aos 36 anos, está em final de contrato com os turcos do Kasimpasa e já assumiu que sonha com o regresso.
Nos últimos dois anos foi associado ao FC Porto mais do que uma vez. Essa possibilidade foi real?
-Estou associado ao FC Porto desde o primeiro dia em que treinei no clube. Vamos esperar para ver o que o futuro nos reserva.
Alguma vez conversou com Sérgio Conceição sobre esta vontade de regressar ao FC Porto? Gostava de ser treinado por ele?
-É um treinador que foi também uma grande referência do FC Porto como jogador. Tem feito um grande trabalho, ganhou títulos e qualquer jogador que gosta de ganhar quer trabalhar com treinadores assim.
O FC Porto está numa situação económica delicada. Isso poderia ser um obstáculo ao regresso?
-Não sei nada das contas do clube, isso é para os dirigentes. Sei de jogar no campo e do carinho dos adeptos. E é impossível não ter saudades desse carinho.
"Estou associado ao FC Porto desde o primeiro dia em que treinei no clube. Vamos esperar para ver"
Acredita que pode jogar mais quantos anos?
-Sinto-me bem. Estou em forma e não tenho uma data marcada para descalçar as botas.
Nesta fase em que marca menos e assiste mais, quantos golos pode oferecer num clube que jogue para o título?
-Ofereço os golos em que conseguir marcar e os que o adversário me deixar marcar. Uma coisa sei, tenho a mesma garra que sempre tive para ajudar a minha equipa e essa garra muitas vezes faz a diferença entre uma derrota e uma vitória.
Falando de extremos, vê em Corona ou Luís Díaz, aqueles que mais jogam, possibilidade de deixarem uma marca tão forte como Quaresma deixou no FC Porto?
-Todos os jogadores que vestem a camisola do FC Porto têm a mesma possibilidade de deixarem uma marca forte no clube. É o seu esforço e dedicação que faz a diferença.
O que tem o Quaresma que pudesse ser útil ao Corona e o tem o Corona que o Quaresma gostasse de ter?
-Isso só vamos perceber se algum dia pudermos jogar na mesma equipa.
Como assistiu à reviravolta no campeonato e qual o peso a vitória frente ao Benfica pode ter tido nisso?
-Qualquer portista gosta de ganhar ao Benfica e a moral aumenta quando isso acontece. Fico sempre feliz quando vejo o FC Porto na frente.