Novo líder da SAD do Marítimo vinca "não ter medo de assumir responsabilidades"
João Luís, que destacou a aposta "diferenciadora" do emblema, defende uma nova filosofia que se fundamenta em manter "níveis equilibrados de exigência e apoio"
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O antigo futebolista e treinador João Luís disse, esta quinta-feira que "não tem medo de assumir responsabilidades", no dia em que foi eleito, por unanimidade e aclamação, presidente da SAD do Marítimo.
"Não estou a ser contratado como treinador, mas faço parte da equipa que ajuda a criar condições de sucesso, portanto, não vou ter medo nenhum de assumir responsabilidades", referiu na conferência de imprensa que se seguiu a Assembleia-Geral, em que esteve presente 94% do capital social da sociedade.
O líder do novo elenco diretivo da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) "verde rubra" agradeceu aos acionistas por terem "acreditado e suportado" esta aposta que descreveu como "diferenciadora e pouco comum em Portugal".
João Luís, de 54 anos, garantiu que nunca sonhou em ser presidente do emblema que o fez jogador e também treinador. "Já fiz quase tudo no clube, já fui treinador-adjunto da equipa principal, treinador da equipa B, jogador, já tive num cargo de assessor da administração e tudo isso me fez feliz", referiu.
O antigo capitão "verde rubro" e bisneto do fundador do clube Cândido Gouveia cumpriu a formação no emblema madeirense tendo integrado o plantel principal por 10 temporadas, a última das quais em 1995/96.
O agora presidente da SAD maritimista defende uma nova filosofia que se fundamenta em manter "níveis equilibrados de exigência e apoio".
"Vai haver sempre um grande apoio, ninguém pode gostar mais do Marítimo do que nós próprios, mas também vai haver muita exigência", sublinhou o antigo treinador dos lituanos do FK Panevezys, clube que apenas deixou em 30 de novembro, quando terminou o contrato.
O presidente da SAD da única equipa madeirense na I Liga ainda não se reuniu com o plantel principal do Marítimo, mas apesar de acompanhar a equipa no sábado para o encontro no Bessa, a conversa está marcada para segunda-feira, já na Madeira, para não interferir com as "rotinas normais do jogo".
A administração da SAD dos "leões do Almirante Reis" é composta pelo presidente João Luís, pelos vice-presidentes Luís Olim, Nelson Gouveia, Bruno Freitas e Carlos Batista, sendo os três primeiros os únicos que serão remunerados.
A Assembleia-Geral vai ser liderada pelo presidente do clube Rui Fontes, secundado pelo vice-presidente Francisco Fernandes, enquanto Bruno Freitas e Petra Camacho vão ocupar os cargos de vogal e secretária, respetivamente.
Sobre a equipa que escolheu para "assumir esta grande responsabilidade que é o Marítimo", João Luís garantiu que será insuficiente para o projeto em mente.
"Todos vamos ser poucos, porque nós acreditamos em algo que precisa da ajuda de muito mais gente", afirmou, enfatizando que ainda há muito trabalho a fazer até e depois de janeiro, referindo que "não há nada justifique falar" em relação ao mercado de inverno.
O presidente do Marítimo, Rui Fontes, que sucedeu a Carlos Pereira, que liderava ambas as estruturas, mostrou-se satisfeito por "finalmente ter os órgãos sociais do clube e da SAD todos constituídos".
"O Marítimo tem uma estrutura muito grande e para que consiga em todas as áreas trabalhar como deve ser não pode ter o seu presidente ocupado em 70% com apenas uma área, deixando os restantes 30% para as suas outras áreas, que são fundamentais ao clube", referiu o presidente do clube "verde rubro" sobre a razão de escolher um dirigente para o clube e outro para a SAD.