"No treino após a festa no Marquês e as folgas, alguns ainda não tinham voz"

Regressar ao foco competitivo foi fácil?
Depois das folgas e da festa no Marquês algumas marcas ficam. Mas, o míster tem grande exigência com todo o plantel e quando começa a semana já não se passou nada, tínhamos de pensar no Estoril. No reinício alguns ainda não tinham voz. Mas no treino estratégico na véspera todos estavam prontos para o jogo, sabíamos que se corresse mal, como sucedeu no ano do outro título, a perder 3-0 na Luz ao intervalo, tínhamos de reagir bem. Isto diz muito do que será a preparação para o próximo ano, toda a gente vai querer fazer melhor, toda a gente vai querer tirar pontos ao campeão. Temos de ter mentalidade para reagir após a festa."

Sporting é muito mais do que 11 jogadores?
A gestão do míster projeta  a equipa para os vários meses, quando muda quatro ou cinco, muda nas provas e as coisas funcionam na mesma até porque os que entram tem grande ligação de treino. O Daniel Bragança e o Paulinho têm essa ligação. Se jogar o Hjulmand e o Morita é diferente, os próprios defesas sabem as características diferentes dos outros jogadores. Antes da véspera é difícil saber quem joga. Às vezes, conhecendo a gestão do treinador há muito tempo, conseguimos perceber pequenos sinais, vemos que vai gerir fisicamente, mudar alguma característica no jogo seguinte, porém, há surpresas. Mas,  no treino dois dias antes, muitas vezes vem a equipa B fazer treino estratégia, e mudamos a equipa, primeiro jogam uns, depois jogam outros. E esse treino muitas vezes é decisivo, por detalhes."