Ganhou primazia nas escolhas após o Catar e foi titular em 15 dos seus últimos 17 jogos. Amigo Hugo Vieira aponta a um contributo maior. O antigo jogador do Liverpool caminha para a melhor época no Dragão, já acumula o maior somatório de jogos como titular (21) e viu o impacto no FC Porto transposto para a seleção da Sérvia.
Corpo do artigo
Grujic tem-se superado nos últimos meses, num assalto a números nunca antes conquistados no Dragão, podendo justificar o recente interesse do Milan e do Manchester United por uma folha de serviço mais densa em 2022/23. Pode chegar aos 42 jogos na época, olhando ao que falta disputar, mas são outros factos que emergem como clarificadores de um papel cimeiro reclamado e ganho em 2022/23 pelo sérvio, que exibe marcas sintomáticas de superior relevo como aposta inicial de Sérgio Conceição, cobrindo menor exuberância de Uribe e Eustáquio.
Grujic até gosta de sorrir para os companheiros e está legitimado a esboçar esse ar de felicidade face à presença entre os titulares a partir de 8 de dezembro, quando, regressado do Mundial do Catar, onde só alinhou 12 minutos, figurou no onze em Chaves, na Taça da Liga. De lá para cá foi escalonado para 18 jogos - falhou três por lesão, no período da final four da Taça da Liga -, aparecendo como titular em 15, suplente em apenas dois e ficando enclausurado no banco na terrível derrota caseira frente ao Gil Vicente. Antes disso, contabilizaram-se 23 jogos do FC Porto e o sérvio saboreou a titularidade em seis de treze chamadas. Fica categórico, à luz destes números, como o médio capitalizou outra confiança do treinador, conseguindo nesta sequência atingir já 21 encontros como titular na época, mais do que fizera em 2020/21 e 2021/22: 20 e 19, respetivamente.
Após ter sido um jogador muito mais utilizado em jogos de dificuldade acrescida, um verdadeiro trinco em aflições, Grujic passeia agora no campo com outra destreza e influência, menos rígido taticamente. O grande impacto nos dragões foi acompanhado pela titularidade nos dois desafios recentes da Sérvia, pelo que o médio retomou trabalhos no Olival com ânimo fortalecido e pronto a florescer após nova passagem pela seleção, à imagem dos proveitos pós-Catar. Os jogos com o Portimonense até são de boa memória, visto que marcou o seu único golo da época passada aos algarvios, no estrondoso 7-0, no Dragão.
O momento de Grujic é aplaudido por um dos seus melhores amigos em Portugal e antigo colega no Estrela Vermelha, Hugo Vieira. "É o melhor Grujic desde que chegou ao FC Porto. É uma questão de confiança e regularidade nos jogos. Também a sente do treinador e dos adeptos. Mas ele tem muito mais para mostrar", refere a O JOGO o atacante, atualmente sem clube. "Não vejo que esteja limitado pela exigência do Sérgio [Conceição]. Talvez a equipa não esteja a produzir um futebol tão atrativo. Ele está muito integrado na cidade e cultura do clube. No FC Porto é sempre na raça e dar tudo pelos adeptos. Ele gosta disso! Tem sido um dos melhores e vai aumentar o contributo", perspetiva.