"No FC Porto disseram que nunca poderia trabalhar no Benfica. E eu prometi, claro"
Pepijn Lijnders, atual adjunto de Klopp no Liverpool, foi treinador na formaçao do FC Porto durante sete anos e, em conversa num podcast inglês, recordou os tempos no clube azul e branco.
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Assinar pelo FC Porto: "Quando assinei pelo FC Porto a primeira vez, foi um ano. Depois foi por três anos. Estava muito orgulhoso. A única coisa que disseram que não negociávamos é que a partir daquele momento isso significaria que eu nunca poderia trabalhar no Benfica. E eu prometi, claro."
Mentalidade: "O FC Porto e a cidade provocaram um impacto muito grande em mim. Foram sete anos e vi muita paixão de todos e jogadores jovens inacreditáveis. Inscrevi-me para ter três aulas de português por semana. Não podia ensinar sem conhecer a língua e a cultura. O Pinto da Costa criou um instituto de vitórias. O lema principal é: 'nós adoramos que odeiem perder". Nunca vi aquela raça antes, mas vinha da Holanda (risos). A ideia era desenvolver uma ideia de ataque agressivo. Criar para marcar era o objetivo. Desenvolvemos uma nova geração com mentalidade de clube, mentalidade atacante e com grande técnica."
Parceria com Luís Castro e Vítor Frade: "Tive um clique instantâneo com Luís Castro e Vítor Frade e eles mostraram muita fé num jovem treinador de 24 anos que vinha do PSV. Não era do Real Madrid. Frade desenvolvia a metodologia, Castro era o diretor e, juntos, desenvolvemos essa ideia. O scouting do Porto é um dos melhores do Mundo, mas um superscouting não pode deixar a academia para trás."