Médio do Sporting e da Seleção Nacional foi entrevistado para o podcast "De Cadeirinha" e falou de quase tudo: ser treinador, modelos de jogo, as melhores equipas
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Ser treinador: "Gosto e tenho curiosidade sobre as coisas. Gosto de ensinar os mais novos: quando chegam à equipa, gosto de dar-lhes umas dicas. Não é que seja muito velho ou que saiba muito mais, mas é algo que gosto"
Há alguma equipa cujo modelo o cative: "Gosto de tirar o bom de cada um deles. O Guardiola faz isso muito bem: tirar o bom e mete na sua equipa [Man. City]. Sabia que ia ser difícil em Inglaterra, mas adaptou-se. O City joga à Barcelona mas não é igualzinho. A agressividade e a competitividade são outras. Todos gostam de ver bom futebol e o City joga bom futebol, tal como o Barcelona. Gosto, também, do futebol do Liverpool, mais direto e ofensivo. Talvez menos organizado mas mais intenso. O City, sem a bola, tem a intensidade dos 11, na pressão encosta o adversário a um canto e rouba a bola; o Liverpool é pelas individualidades, com um meio-campo agressivo e três jogadores na frente que são letais".
" Gosto de ver futebol, independentemente de ser bom ou não. Vi um Chaves-V. Setúbal... Jogo intenso, de luta e de duelos. Vi o City e o Liverpool, pois era quem interessava para ver quem seria campeão"
Equipa de eleição em 2018/19: "Não tenho uma... Gosto de ver futebol, independentemente de ser bom ou não. Vi um Chaves-V. Setúbal... Jogo intenso, de luta e de duelos. Vi o City e o Liverpool, pois era quem interessava para ver quem seria campeão. Gosto de ver o bom futebol do City, mas também a intensidade do Liverpool. São duas equipas que me cativam e este ano marcaram a diferença. Também o Tottenham: ninguém dá muito valor, mas acabam por ter muita qualidade. Tem um treinador que não foi ao mercado... Com a equipa que tinha, está na final da Champions e isso é de louvar. Não teve o budget do Guardiola ou do Barcelona".
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Melhor Champions de sempre: "Sem dúvida. As meias-finais foram as melhores de sempre, com duas reviravoltas. Quatro grandes equipas. O Ajax com muito mérito, com um treinador com muito mérito. Trabalhou só com jovens e isso não é fácil. Manteve-os focados e o objetivo não seria, imagino, chegar sequer aos quartos-de-final"
"A equipa parte do balneário, mas a equipa é o que somos dentro de campo. Todos ficaram apaixonados por este Ajax e todos queriam que chegasse à final, pelos miúdos, pelo que fizeram..."
Ajax: "Para além da qualidade tem de haver entreajuda e isso houve sempre. A equipa parte do balneário, mas a equipa é o que somos dentro de campo. Todos ficaram apaixonados por este Ajax e todos queriam que chegasse à final, pelos miúdos, pelo que fizeram... Eliminaram Juventus e Real Madrid. A Juventus que apostou tudo e que tinha o Cristiano. Levou-os sozinho até às 'meias'".
"Seguidor" de Xavi e Iniesta: "Digo aos meus colegas: a primeira opção de passe por vezes não é a melhor. Muitas vezes há um movimento que não tem de ser respeitado, porque arrasta jogadores e cria um espaço melhor para outro colega. Nisso sou como o Xavi e o Iniesta: temos de fazer andar a bola e não andarmos nós com a bola. Sou melhor no passe e na decisão do que a conduzir. Isso desgasta as equipas. Obriga-as a correr 20, 30 metros para um lado, 20, 30 para outro e passado um tempo há um ou outro jogadores que já não corre - e abre espaços".