Adeptos aprovam o “castigo” pós-clássico e responsabilizam presidente, treinadores, Direção e SAD anterior por esta época
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Plantel sem qualidade e a escolha dos treinadores
A qualidade do plantel é um dos problemas apontados para o sentido em que caminha 2024/25. “Não foi esta administração que ficou totalmente com esta equipa. Uma parte dela é herdada e tiveram de se desfazer de alguns jogadores principais para conseguir respirar”, lembra Carlos Tê. “Em tempos, Quinito foi muito criticado por dizer que o FC Porto era o Bibota e mais 10. Neste momento, arriscava dizer que o FC Porto é o Diogo [Costa] e menos 10 (excetuando o Mora e um ou outro)”, refere, por sua vez, Avelino Oliveira. “Vão ser necessários jogadores de primeira ordem, uma nova disciplina de campo e de balneário, um novo espírito de portismo e de sacrifício – além de alguma paciência”, indica Francisco José Viegas, numa perspetiva de futuro.
As escolhas de Vítor Bruno e de Martín Anselmi foram decisões de André Villas-Boas que Avelino Oliveira também viu com alguma desconfiança. “A escolha do primeiro treinador, um adjunto do treinador mais carismático dos últimos anos que sai em total rutura, revelou-se negativa e um passo temerário que não resultou. Depois, a vinda de um treinador ambicioso, jovem, mas com pouca experiência de futebol europeu, aparentemente sem estar dotado de equipa adequada ao nível da preparação física, que tentou aplicar um novo modelo de jogo para o qual não tinha plantel”, argumentou o antigo membro do Conselho Superior. No entanto, Carlos Tê acredita que Anselmi ainda poderá mudar. “Lembro-me que nos primeiros anos o Sérgio Conceição queria jogar com o Liverpool de igual para igual e o resultado foi um 5-0 para o Liverpool. Mas, nos últimos tempos, já jogava num sistema fechado e isso levou-o para os penáltis com o Arsenal. Sérgio Conceição aprendeu e Anselmi também terá de aprender, mas isso demora tempo e é doloroso”, sublinha.