Declarações de Neto numa entrevista à Sporting TV
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Boa época e lesão no ano passado: "Acredito que seria uma época mais positiva para mim a nível desportivo. E eu acredito que iria dividir muitos jogos com o St. Juste. Acho que até estava, talvez, no meu melhor momento de Sporting, a nível desportivo, a nível exibicional. Que tinha terminado muito bem a época anterior, a que ficámos em segundo lugar e depois recomeçámos com esta. Eu tinha feito uma boa segunda parte em Frankfurt, a primeira vitória na Alemanha de Sporting, a nível de competições europeias."
Lesão grave: "E depois tenho uma lesão mesmo estranha e tenho esse azar de perceber que algo estava errado e na altura até tive algum receio que fosse uma lesão ainda mais grave do joelho. Mas contra tudo que é clínico, contra tudo que é médico, acabo por na fase final da recuperação do meu joelho, a faltar pouco mais de duas semanas, acabo por ter a infelicidade do pneumotórax, que me roubou muito tempo. Roubou-me muito a nível mental, a nível emocional, a nível físico. Perdi completamente a forma, emagreci. Cheguei a pesar 64 kg. Eu já sou alguém robusto. E tive que me readaptar a tudo, ir à Academia só praticamente para fazer fisiorespiratória, em que não podia ter outro tipo de exercícios."
A família: "Foi realmente um período com muitos desafios. A minha família passou o inferno comigo porque depois, associado a isso, a época desportiva não estava a correr bem. Só pensamos em atropelar os timings para poder voltar, para poder ajudar e as coisas não conseguem andar. É preciso obedecer a tudo que é os procedimentos normais para o regresso. E eu ainda tinha o joelho para voltar. Trouxe-me a mim também uma grande confusão mental. O que mais me custou também foi o estar longe. Lembro-me da equipa estar a festejar e eu não tive boas sensações no campo. Acaba por ser um caminho muito solitário. Nós vamos a horas diferentes para a academia."
As palmas no regresso: "Quando o resto da equipa operacional vai treinar, nós estamos a fazer tratamento. E era algo que eu tinha que estar constantemente a fazer raio-x a perceber como é que estava o meu pulmão, se estava já em condições, se poderia. Sempre por fase, sempre por fase. Isto é uma competição muito feroz. Tivemos também um reforço em janeiro a nível defensivo. Uma natural perda de espaço também. Pouco tempo de jogo. Um regresso contra o Santa Clara com as palmas da bancada que ali deram-me um sinal que algo de bom ainda havia"