"Neste momento não sei se há alguém no futebol português que mereça o cartão branco"
Luciano Gonçalves, presidente da APAF, falou sobre a adesão de mais duas associações ao cartão branco.
Corpo do artigo
Decorreu esta quarta-feira, na sede da Associação de Futebol do Porto, a cerimónia protocolar de adesão ao cartão branco por parte da associação local, assim como a de Vila Real. O evento contou com as presenças de personalidades do futebol nacional como José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, ou Luciano Gonçalves, líder da APAF.
E foi o segundo que teceu algumas considerações sobre a introdução do cartão branco - que premeia o fair-play -, vendo a ferramenta como "uma medida positiva".
"É uma medida positiva. Temos duas associações que têm o cartão branco há mais anos, Setúbal e Aveiro, e conseguimos perceber que nas competições jovens existe uma valorização nas coisas positivas muito maior. Existem menos cartões amarelos nos jogos de formação. Houve mais cartões brancos", assinalou Luciano Gonçalves, que também falou sobre uma possível introdução do cartão branco nos campeonatos profissionais no futuro:
"Se calhar era uma forma de, com isto, fazer com que houvesse mais momentos positivos, que se calhar existem, mas não valorizamos porque nos focamos no negativo. Se tivéssemos o cartão branco, provavelmente aperceber-nos-íamos que existem mais momentos que deveriam ser valorizados", acrescentou o presidente da APAF, antes de concluir em jeito de recado. "No futebol português, neste momento, não sei bem se haveria alguém que merecesse o cartão branco", rematou.