Armando Evangelista, treinador do Famalicão, deu uma entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport
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Chegada a Famalicão: "Estamos a falar de um clube que está em constante crescimento em todos os aspectos. Quando o Miguel Ribeiro, o presidente, me falou deste projeto, aceitei de imediato. Nenhuma outra equipa cresceu tanto nos últimos cinco anos como o Famalicão. Temos as mesmas ambições."
Já foi apelidado de treinador milagroso: "Nem por isso. A minha única crença é o trabalho, mas o que fizemos com o Arouca foi extraordinário. No primeiro ano ninguém acreditava na promoção, mas atingimos o recorde de vitórias consecutivas, enquanto na época seguinte conseguimos salvar-nos com serenidade. Na terceira época qualificámo-nos para a Europa. Foi a melhor época da história do clube. Um grande motivo de orgulho."
Segredos? "Acreditar sempre. Além disso, tenho uma equipa excecional que trabalha 24 horas por dia. Dedicação total. Antes de chegar aqui, havia horas e horas de trabalho, dias inteiros sem dormir porque tínhamos de nos preparar para os jogos seguintes. E esta rotina continua até hoje."
Treinadores italianos que admira: "Nereo Rocco e Arrigo Sacchi. Qualquer pessoa que viva para o futebol não pode deixar de os estudar. Acrescentaria Marcello Lippi e Carlo Ancelotti, obviamente. Já tentei roubar-lhes os segredos várias vezes..."
Ligação a Itália: "Quando tinha vinte anos, visitei Milão e fiquei impressionado. O Duomo, Brera, San Siro. Cresci com os rossoneri de Sacchi e os grandes campeões: Baresi, Maldini, Gullit, Van Basten, Rijkaard e todos os outros. A arte em movimento."
Propostas de Itália já teve? "Não, mas é evidente que gostaria de treinar na Série A. Estamos a falar de um campeonato que oferece tudo e penso que me faria muito bem. Mas estou concentrado no Famalicão."
O sonho no futebol? "Melhorar-me todos os dias. E desfrutar da minha família, a coisa mais bonita que tenho."