Nené marcou na vitória do Santa Clara sobre o FC Porto: "É um sentimento de alívio"
Médio Nené admitiu que sentiu alívio por, finalmente, ter marcado com a camisola do clube de Ponta Delgada. A última vez que fizera um golo nos Açores, junho de 2019, fora ao serviço do Fafe, em casa do Praiense
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Foram mais de dois anos de espera, até Nené voltar a marcar e o primeiro golo do médio açoriano com a camisola do Santa Clara surgiu, anteontem, a fechar a vitória sobre o FC Porto (3-1), na Taça da Liga. Curiosamente, a última vez que festejara fora também nos Açores, quando, pelo Fafe, fez o golo da vitória sobre o Praiense, na ilha Terceira.
Quebrar o jejum, e frente a um dos grandes teve um sabor especial. "É um sentimento de alívio por, finalmente, ter metido a bola nas redes. Já tive várias oportunidades para o fazer, mas não aconteceu. Foi especial por ser contra uma grande equipa e ainda mais por ter sido no nosso estádio, com os nossos adeptos", contou a O JOGO.
Habituado a marcar nos clubes que representou, Nené, natural da ilha Graciosa, explicou que este é, contudo, um objetivo secundário, e que nunca ficou obcecado com a seca de golos no Santa Clara, que terminou à terceira temporada: "Ainda não tinha conseguido, mas não o procurava desesperadamente. Sabia que ia acabar por acontecer naturalmente".
O triunfo, que deixa os açorianos à beira de uma inédita qualificação para a "final four" da Taça da Liga, é mais importante porque a equipa "precisava de uma vitória para dar a confiança necessária nesta fase de assimilar novas ideias", referiu, em alusão ao novo treinador, Nuno Campos.
Com o FC Porto a equipa soube "sofrer" e teve a eficácia que faltara "no jogo anterior", na derrota com o Famalicão.
Nené ficou a par de Minhoca e de Pacheco
Nené tornou-se no quarto açoriano a marcar um golo pelo Santa Clara na Taça da Liga. O médio natural da ilha Graciosa igualou Minhoca e Pacheco, que marcaram um golo cada, em 2013. Em 14 participações na Taça da Liga, o Santa Clara fez 47 golos e nove foram apontados por açorianos. Os restantes seis tiveram a assinatura de Clemente, o melhor marcador de sempre dos açorianos nas provas profissionais (53 golos).