Nélson Veríssimo foi questionado sobre Paulo Bernardo: "Vamos simplificar as coisas..."
Declarações de Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, em conferência de Imprensa após o triunfo por 3-1 sobre o Belenenses, em jogo da 29.ª jornada da Liga Bwin.
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Jogar antes dos rivais beneficia o Benfica? "Julgo que não. Jogando antes ou depois o objetivo é sempre o mesmo, ganhar. Naturalmente que jogando antes e ganhando encurtamos distâncias, neste momento estamos à espera de perceber o que o Sporting fará no jogo que tem, mas essa não é a nossa principal preocupação. A nossa principal preocupação é abordar cada jogo que falta como uma final, sabendo que temos de ganhar e jogar no nosso melhor nível, porque no momento em que isso no aconteça o resultado pode não ser o que se espera e que é exigido num clube desta dimensão como o Benfica. É muito foco no que fazemos, encarar cada jornada que falta como uma final e, como uma final, todas são para ganhar."
Mudança de estratégia da primeira para a segunda parte? "A intensidade que colocámos foi empurrando o Belenenses para zonas mais recuadas, nos começámos a jogar em em zonas mais adiantadas. Sabíamos que teríamos que fazer uma circulação à largura, mas mais rápida, em termos de ritmos de jogo, alternar entre passes curtos e passes mais longos para conseguir mexer com a estrutura defensiva do Belenenses. Procuramos atrair essa estrutura, com passes entre os nossos médios e centrais, manipulando a organização defensiva do Belenenses. Julgo que em muitos momentos o conseguimos. Tanto nas combinações que fizemos nos corredores laterais e também nos momentos de transição. O que pode ter mudado foi mais rigor nos posicionamentos, na dinâmica da circulação de bola e sermos objetivos no ataque à profundidade e à baliza."
Paulo Bernardo no início foi aposta forte e hoje voltou a não jogar: "Vamos simplificar as coisas: num plantel de 23 têm de jogar 11. As opções são feitas em função disso. Está a perguntar-me do Paulo Bernardo. Têm-me perguntado pelo João Mário, agora como o João Mário jogou, perguntam pelo Paulo Bernardo. Naturalmente conhecemos uns jogadores melhores do que outros, fomos tendo conhecimento mais profundo com o decorrer da caminhada. Naturalmente o Paulo Bernardo não entra ai, conhecemo-lo muito bem. As opções são tomadas em função da estratégia para o jogo, das características individuais do jogadores, o que nos podem dar ou não. O facto de o Paulo Bernardo agora não ser aposta tão vincada como foi no início da época, não quer dizer que não conte e que no futuro não seja [aposta vincada]. É fazer gestão do plantel. Reforçar que todos os jogadores independentemente de jogarem muito ou pouco, o empenho no treino tem sido exemplar, depois cabe ao treinador tomar as melhores opções."
Assobios a Meité: "Não me apercebi desses assobios. Fez um jogo ao nível do que se esperava. Arriscou numa ou outra situação, como naturalmente em alguns momentos há que arriscar, mas globalmente fez uma atuação positiva, e é isso que convém reforçar e salientar."
Morato e Tomás Araújo jogaram. É o duo que vê como potenciais centrais titulares do futuro do Benfica? "Vejo que têm qualidade, como tem o Jan [Vertonghen], como tem o Nico, o Paulo Bernardo, o João Mário... São jogadores que integram o plantel da equipa A do Benfica. Como integram esse plantel têm qualidade para lá estar. Obviamente têm idades diferentes, se estão no plantel é porque toda a gente lhes reconhece capacidade para no futuro virem a ser opção. Mas eles têm de perceber assim como todos os jovens que chegam à equipa B, que nada é adquirido. O Tomás já se tinha estreado com o Vitória de Guimarães, pouco tempo, hoje já teve mais tempo, mas mesmo nestes momentos em que se estreiam e têm minutos na equipa principal, não podem dar as coisas como dado adquirido, o caminho é difícil e longo. Têm de fazer pela vida. Têm de lutar. A qualidade só não chega. Têm de ter uma grande capacidade de se entregar ao treino, ter capacidade de lidar com fases menos positivas que possam ter. O caminho é esse. Hoje tivemos Morato, Tomás, Bernardo, Ramos, Diogo Gonçalves, jogadores que fizeram parte da equipa B, que estão neste momento na equipa fruto da sua qualidade e do que foram demonstrando ao longo anos que têm estado no Benfica. As oportunidades na equipa A vão aparecendo. No momento têm de dar resposta. O caminho continua a ser de trabalho, de luta, não virar a cara a esse empenho que têm de ter nos treinos."
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