Dispensado pelos azuis e brancos em 2021, o extremo deu um passo atrás para dar dois à frente. Capacidade de drible e qualidade do remate são dois atributos que levaram o Sporting a elevar a aposta até ao patamar mais alto, permitindo-lhe a estreia na equipa principal frente ao Santa Clara.
Corpo do artigo
Quando, aos 15 anos, Mauro Couto foi dispensado pelo FC Porto, optou na altura por dar um passo atrás para, mais tarde, dar dois à frente. Uma decisão que viria a revelar-se acertada por parte do extremo (agora com 19 anos) que na última quarta-feira se estreou na equipa principal do Sporting, no 2-1 após prolongamento dos leões ao Santa Clara, para a Taça de Portugal.
“Talvez algumas pessoas pudessem achar que estava a dar um passo atrás ao sair do FC Porto para o Paços de Ferreira, mas a verdade é que foi um passo muito importante para mim”, explicou o jogador numa entrevista publicada em 2023 pela revista oficial do Paços, onde na altura atuava.
Foi neste emblema, aliás, que veio a tornar-se num dos mais jovens de sempre a estrear-se no campeonato nacional, o que fez com 16 anos e dez meses.
Nos castores, a capacidade de drible e a qualidade do remate cedo deram nas vistas, o que proporcionou o ingresso no Sporting, primeiro por empréstimo e depois em definitivo, assinando contrato em dezembro de 2023, depois de uma opinião favorável de Rúben Amorim. “[A contratação de Mauro Couto] não passou tanto por mim. Passou mais pelo Filipe Çelikkaya e pelo Hugo Viana, que fizeram essa observação. Obviamente que falaram comigo. Todas as vezes que treinou connosco nós gostámos bastante. Não diria que teve dedo meu, mas quando me pediram uma opinião, dei uma opinião favorável”, revelou Amorim numa conferência de imprensa dada depois disso.
Já esta quarta-feira, ao canal 11, Couto confessou a extrema felicidade que sentiu após a estreia: “Há muito que trabalhava para isto e por isso fiquei muito feliz. Vitória muito difícil, a mostrar que o grupo é forte e unido. É sempre importante vencer, especialmente após uma fase negativa”.