Miguel Salvador trocou o Salgueiros, que vai competir no Campeonato de Portugal, pelos leceiros, que estão numa divisão abaixo. O diretor desportivo vê potencial para crescer.
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Miguel Ângelo Salvador Silva estava a tirar o curso de Desporto no ISMAI quando o nascimento do filho o levou a interromper a licenciatura e, em termos profissionais, a dedicar-se por completo ao futebol. Natural de Matosinhos, aos 32 anos, após ter feito carreira como jogador e treinador em alguns clubes, decidiu tornar-se diretor desportivo, tendo passado por Salgueiros antes de assumir o Leça. Vê neste último potencial para alcançar outros patamares.
Como surgiu a paixão do futebol e por que razão quis ser diretor desportivo?
-Sempre quis, desde cedo, estar ligado ao futebol. Numa primeira fase como treinador, e depois entrei na vertente do dirigismo. Sem dúvida que é nesta área que sou feliz! Gosto muito do dia-a-dia no clube, de estar próximo do treinador, de acompanhar o jogador, da parte estratégica e negocial.
Depois de duas épocas onde alcançou fases finais no Salgueiros (CdP), porquê o Leça, na distrital?
-Em primeiro lugar, não vim para a distrital, vim para o Leça Futebol Clube. É totalmente diferente! Depois, pelo projeto ambicioso e profissional que me foi apresentado. Cativou-me imenso logo de imediato, pela forma como o presidente, José Luís Santos, mostrou a visão que tinha para o clube: os objetivos, o caminho e como iríamos percorrer esse caminho.
Foi uma decisão fácil?
-Mais do que uma decisão fácil, foi uma decisão rápida e intuitiva. Acredito que qualquer pessoa, ao ouvir a forma como o projeto foi estruturado, quereria logo fazer parte dele.
Quais são, então, os objetivos para o futuro?
-O objetivo principal passa pela profissionalização de toda a estrutura e processos. Estamos focados em criar e dar as melhores condições possíveis a todos os que estão diretamente envolvidos no projeto e que connosco colaboram diariamente em prol do sucesso do clube. Há também uma grande, e já visível, aposta na otimização de infraestruturas, na transformação digital e no reforço da relação com a comunidade, naquele que é um compromisso claro com o presente e o futuro do Leça Futebol Clube. Somos ambiciosos e temos um projeto que está estruturado para levar o Leça de volta aos escalões profissionais. Sendo um emblema histórico e centenário do futebol nacional, com uma massa adepta única e apaixonada, o Leça tem de estar de forma contínua nesses patamares. Os sócios e adeptos do clube merecem-no. Vamos trabalhar diariamente, e de forma árdua, para isso ser uma realidade num futuro próximo.
O plantel será muito diferente do ano anterior?
-O plantel já está praticamente fechado. Foi um mercado duríssimo. Contratámos mais de 20 novos jogadores. Felizmente, fruto do projeto que temos, e em grande parte devido à experiência e conhecimento da ScoutRadar, todo o processo foi mais simples, visto que os alvos já se encontravam identificados, permitindo-nos uma ação rápida e eficaz no mercado.
Que promessas pode fazer para a nova época?
-Não queremos fazer promessas, nem as vamos fazer, pois o nosso projeto assenta na realidade e tem, como já referido, o objetivo de colocar o Leça Futebol Clube novamente na elite do futebol português, sendo que isso pressupõe trabalho, dedicação, compromisso, lealdade, tudo isto com uma ambição enorme de elevar em todos os jogos o nome do clube, respeitando sempre a sua história e as suas gentes. Uma coisa é certa, todos os jogos serão jogados para ganhar. O nosso projeto é real e está a acontecer.
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