Frederico Varandas, presidente do Sporting, sublinha que "não mistura" o Benfica com os seus dirigentes e realça a necessidade de se esclarecer o caso dos emails.
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Sobre o Benfica: "Parece que estou a ser acusado em vésperas do dérbi de o querer incendiar. Para não alimentar aquilo com que nos bombardeavam, aquilo que seria a minha relação com o presidente do Benfica [Luís Filipe Vieira] disse o que a minha equipa acha - a nossa visão. Como médico e como oficial do exército tive os meus valores e enquanto presidente do Sporting não vou abdicar deles. O que disse, reafirmo, mas é importante percebê-lo: não misturo a instituição Benfica com os seus dirigentes, com o seu presidente. O Sporting tem o maior respeito pela instituição Benfica, pois um clube só é realmente grande se tiver um grande rival - e o Benfica é o nosso grande, histórico rival. Eu cresci a jogar "Sporting-Benfica" com os meus amigos. As histórias dos clubes estão intimamente ligadas"
Caso dos emails: "Tudo o que veio a público, o caso dos emails... Estive muito atento à forma como o Benfica se pronunciou e a única coisa que vi foi acusarem quem tinha roubado os emails e violado correspondência. Mas não vi ninguém a falar sobre o seu conteúdo - nem a negar. Isto é grave. Há duas formas de estar: há quem não tem coragem e há quem não tenha princípios. No Sporting temos ambos"
SAD do Benfica não foi constituída arguida no processo E-Toupeira: "Não. Não foi constituído no E-Toupeira. Mas há outros casos a decorrer. Vamos aguardar e ver o que vai acontecer. Mas uma coisa eu sei: não foi negado. Não podemos enfiar a cabeça na areia. Não pode ser só o Sporting nem o seu presidente. Existe a comunicação social, existem instituições e dirigentes. Falam em ataque, mas é a forma como vejo. Aquilo faz mal ao futebol português. Tudo o que está naqueles emails, aquele dirigismo, algo que já não faz sentido".
Possível mudança de Vieira: "Não me quero meter em casa de terceiros, mas as pessoas têm de perceber que isto afeta todos os clubes que disputam a I Liga, o futebol português e a imagem de Portugal. E tenho a certeza que, tal como eu, há pessoas no Benfica que pensam assim. Não tenho a menor dúvida. Conheço muitas pessoas do Benfica que não se identificam com isto. Eu tenho de dizer o que penso e tenho de pensar no futebol português. Não me identifico com este dirigismo".