Em declarações reproduzidas pela Sport TV+, o médio, que foi um pilar dos axadrezados na última época, sublinhou que o clube "não tem culpa de nada". O vínculo termina em junho de 2019.
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David Simão esteve no programa "Grande Jornal" da Sport TV+ e, entre o balanço da última época e a projeção da próxima, revelou o desejo de voltar a atuar no estrangeiro num futuro "próximo". Para lá da ambição de assinar um contrato com números mais apelativos, o médio do Boavista mostrou-se agastado com as suspeitas de jogos combinados e jogadores controlados. "Já não fico surpreendido, as suspeitas são quase diárias. Está a tornar-se insustentável jogar futebol aqui, tira todo o prazer, não tenho vontade de continuar a jogar em Portugal", admitiu o médio cujo vínculo com os axadrezados termina em 2019: "Tenho contrato com o Boavista, todos ambicionamos mais para nós e para as nossas famílias. Juntando os episódios sucessivos, com todo o respeito pelo Boavista que não tem culpa de nada, não escondo que voltar ao estrangeiro era um passo que gostava de dar nesta altura."
David Simão está desiludido com o rumo que leva o futebol português
David Simão chegou ao Bessa na última época, proveniente do CSKA Sófia, da Bulgária, onde cumpriu 24 jogos. O médio, 28 anos, foi uma peça imprescindível no Boavista: somou 28 partidas, apontou um golo e só falhou jogos por lesão ou castigo. Os axadrezados terminaram no oitavo lugar, com a melhor classificação desde o regresso à I Liga e David assumiu o desejo de elevar a fasquia. "Mostrámos uma cara diferente, o Boavista praticou um futebol muito vistoso, as pessoas gostavam e dava prazer aos jogadores. No próximo ano, os objetivos serão ainda maiores", projetou o médio, que admitiu que a UEFA passou pela cabeça dos jogadores: "Não ficávamos atrás das outras equipas, mas só pensámos jogo a jogo."