Estrutura sente que Wendel cresceu e pode dar-lhe lugar entre os capitães. Mathieu saiu e "veteranos" estão perto.
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Tem apenas 22 anos - completa o 23.º aniversário no próximo dia 28 -, mas a liderança pelo exemplo recente, com o foco na última época, aliada às mudanças no plantel do Sporting, podem dar-lhe um lugar entre o grupo de capitães.
O protagonista desta história é Wendel, futebolista que nem sempre foi unânime em Alvalade, mas que foi ganhando a confiança da estrutura dos verdes e brancos.
À partida para a quarta época de leão ao peito (chegou a meio de 2017/18), o médio demorou a assumir o estatuto de titular, que começou a construir com Marcel Keizer e que viu reforçado por quem veio a seguir, com notas de destaque para Silas e Rúben Amorim. Dos capitães que foi conhecendo, Bruno Fernandes rumou ao Manchester United, Mathieu colocou um ponto final - e forçado - na carreira, enquanto Battaglia e Acuña esperam a sua vez na fila de saídas neste mercado; mesmo Luís Maximiano, que também já chegou a usar a braçadeira, não é peça certa no plantel de 2020/21, tendo vários interessados no seu concurso, nomeadamente de Itália - resta, por fim, Coates, número 1.
À entrada para a quarta época de leão ao peito (chegou a meio de 2017/18), Wendel soma 76 jogos e seis golos pelo Sporting
Olhando para a conjuntura, Wendel sobe os degraus da liderança de forma natural e confortável com as mensagens que lhe chegam de cima: o treinador já lhe mostrou, no encerramento da última época, que conta consigo para opção inicial, e a administração quer fazer do internacional olímpico uma das novas referências sportinguistas.
Com contrato válido até 2023 e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, Wendel foi tema de várias abordagens nas últimas janelas, nas quais a SAD pedia pelo menos 20 milhões para libertar 80% dos seus direitos económicos. Nunca houve materialização de interesses e, neste momento, apurou o nosso jornal, o camisola 37 é quase indiscutível, ou seja, não sairá abaixo dos 30 M€.
Liderou pelos olímpicos do Brasil
Ser capitão não é experiência inédita na vida de Wendel, que pela seleção olímpica do Brasil, onde é presença regular, também já experimentou utilizar a braçadeira, ainda que nesse caso para comandar uma equipa em que a maioria dos futebolistas tinha uma idade inferior à sua. Não obstante, apurou O JOGO que o médio tem vindo a assumir um comportamento de líder há mais ou menos ano e meio, empenhando-se nos treinos e ajudando, também, quem chega a uma melhor adaptação. Chegou a ser problemático, sim, mas essa é uma página virada.