"Não posso dizer que estive sempre calmo com todas as transferências anunciadas"
Com seis golos em quatro jogos, Seferovic vive "um bom momento" e fala do "apoio" de Jesus, que quis a sua permanência na Luz.
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Seis golos em quatro jogos fazem de Seferovic um ponta de lança em alta. Quer no Benfica, onde se destaca como o melhor marcador (tem 18, contra 13 de Pizzi) quer na Suíça, onde é esperado que possa manter a veia goleadora contra Bulgária e Lituânia, de apuramento para o Mundial"2022. Em declarações a vários meios do seu país, Seferovic assume o "bom momento". "Estou a jogar e a marcar com regularidade e a equipa está a voltar a jogar a bom nível", afirma, sublinhando: "Os números falam por mim."
Sem tempo para descansar - seguiu de carro logo após o jogo em Braga para Vigo, onde pernoitou, e viajou ontem de manhã, via Madrid, para Zurique -, Seferovic confessa ser "difícil dizer" a razão do bom momento. "Quando os golos começam a cair, limitas-te a entrar em campo, procurar as oportunidades e tudo vai saindo. E ganhas autoconfiança", conta, revelando que Jorge Jesus também tem um papel importante: "Um avançado precisa do encorajamento e apoio do treinador. É importante sentires-te apreciado. E cada golo é mais um impulso de confiança."
"Quando os golos começam a cair, limitas-te a entrar em campo e tudo vai saindo. Movimento-me com confiança e tomo as decisões certas"
Admitindo que o elevado investimento do Benfica no início da época, causou-lhe alguma apreensão, adianta que o técnico segurou-o na Luz. "Com todas as transferências anunciadas, não posso dizer que estive sempre completamente calmo. Mas a questão é simples: o treinador quis que eu ficasse. Fortalecido por isso, era uma questão de lutar e dar tudo para agarrar um lugar", conta, reforçando: "O que se fala não me interessa. As especulações de mercado não mexeram comigo. Afinal, sou eu que jogo e tomo as decisões: a carreira é minha. Ninguém sabe melhor do que eu aquilo de que sou capaz de dar e como posso ajudar a equipa."
Sobre a chegada de Darwin, após uma época em que somou apenas sete golos, declara: "Sabia que podia ser difícil, mas fiz o que sempre faço, não desisti e dei tudo. E aproveitei as oportunidades." Ainda assim, "no início da época" acusou "falta de ritmo". Entretanto, o seu futebol tornou-se "mais fluído". "Movimento-me com confiança e tomo as decisões certas", afirma.