"Não gosto de falar disto, mas foi o quinto penálti contra nós frente aos grandes"
Abel Ferreira optou por não se focar na arbitragem de Tiago Martins, mas apontou para as grandes penalidades assinaladas a favor do Benfica na derrota do Braga por 4-1.
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Elogio à primeira parte: "Falei naquilo que achei determinante para este jogo, que era o corpo e a mente estarem em harmonia. Era fundamental. A grande força da nossa primeira parte foi ter bola. A única maneira de defender contar este tipo de equipas é ficar com bola. Fizemos uma primeira parte muito boa, conseguimos pressionar, empurrar o adversário para trás através de circulação dinâmica. Marcámos um golo, podíamos ter feito mais".
Análise à segunda parte e os penáltis: "Na segunda parte devíamos ter tido mais bola, sabíamos que o nosso adversário nos ia empurrar. Não gosto muito de falar disto, mas frente aos grandes foi o quinto penálti contra, mas faltou-nos ter bola para controlar investidas".
Caráter da equipa do Braga: "Quisemos continuar com o mesmo caráter, coragem e identidade. Nós treinamos, temos uma identidade muito forte, faltou exatamente isso, defender com bola. Quando se joga com uma equipa com a grandeza do nosso adversário, a qualidade individual dos jogadores permite-lhes sair a jogar sob pressão. Numa análise muito a frio, faltou-nos coragem para segurar a bola. O nosso rival baixou linhas, passou a jogar em transição, com critério, e foi esse o segredo".
Qualidade do adversário: "O nosso adversário tem dois penáltis e coloca-se à frente do resultado, deixa os homens da frente prontinhos para sair e o terceiro golo mata a nossa vontade de ir atrás do resultado. A grande diferença teve a ver com a coragem para continuar a ter bola. Se repararmos, a astúcia, capacidade e maturidade de equipas que sabem controlar o jogo quando estão em vantagem é exatamente essa. O Benfica passou a jogar no nosso erro e conseguiu este resultado".
Sobre o terceiro lugar: "Difícil, vamos lutar, mas fica difícil".