Ricardo Tavares marcou um golaço de livre direto e carimbou a primeira vitória da época da Sanjoanense no Conde Dias Garcia
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Mais de dois meses depois a Sanjoanense voltou a vencer e conseguiu-o pela primeira vez em casa, ao derrotar o Vilaverdense por 1-0. Um golo de livre direto de Ricardo Tavares, de ver e rever, deu os três pontos à equipa que no início da semana tinha visto sair o treinador Filipe Gonçalves e que foi orientada por Samuel Nunes, técnico dos sub-17.
“Não foi pelo treinador ter ido embora que as coisas mudaram. A Direção teve esta opção, mas a qualidade dos jogadores sempre esteve lá. Fizemos bons jogos com o Filipe Gonçalves, infelizmente não conseguimos algumas vitórias”, analisa o central/lateral-esquerdo. A diferença, diz, esteve na capacidade de errar menos. “Não houve chave nenhuma, tentámos estar concentrados. Infelizmente, noutros jogos cometemos alguns erros individuais e neste jogo conseguimos evitá-los e fizemos o nosso golo, que nos deu os três pontos”, referiu.
Dar uma alegria aos adeptos também foi uma vitamina preciosa. “Os três pontos são sempre importantes, mas este jogo era contra um adversário direto e em nossa casa. Este ano ainda não tínhamos vencido em casa. Agora vamos tentar dar a volta aos maus resultados para ver se conseguimos trazer mais vezes os três pontos para cá”, desejou. O jogador, que passou pelas escolas do Sporting e do FC Porto, estreou-se a marcar esta temporada e em grande estilo. “Todos os jogos são especiais, mas este foi ainda mais porque vínhamos de uma fase muito difícil e queríamos presentear os nossos adeptos com uma vitória em casa, que já nos fugia há muito tempo. Apesar das derrotas tínhamos qualidade de jogo, mas não estávamos a conseguir trazer os três pontos para casa, mas finalmente conseguimos”, sublinhou.
O plantel tem muitas caras novas e uma média de idades baixa, por isso está a sentir dores de crescimento. “É sempre difícil ter um plantel novo, muita malta jovem, mas temos todos qualidade e vamos conseguir dar a voltar por cima e sair do lugar em que estamos. Espero que continuem os bons resultados”, almeja.
Ricardo Tavares entrou para a Sanjoanense pela porta dos sub-11 B, saiu nos sub-13 para o Sporting e regressou, já como sénior, em 2014/15. Na temporada passada representava o Marco 09 e o convite do clube da terra mexeu com ele. “Foi bom voltar a uma casa que já conhecia e onde cresci. Vim pelo projeto, as pessoas que entraram quiseram-me de volta. Como sou sanjoanense desde pequenino é sempre bom regressar, jogar pelo clube da cidade é sempre especial e acredito que possamos fazer coisas bonitas”, promete.
Para trás ficaram os anos em Alcochete, mas também no Olival, pois jogou no FC Porto no último ano de sub-19. “Joguei com André Silva, João Palhinha, Daniel Podence, Domingos Duarte, Marcos Lopes, Raphael Guzzo, Rafa Soares, Rochinha. A geração de 1995 jogou praticamente toda comigo”, lembra o canhoto que, para além do futebol, também dedica algum tempo livre à fábrica de calçado do pai: “Quando precisa de ajuda não tenho problemas em ajudá-lo de tarde, pois os treinos são de manhã e consigo conciliar.”