André Pereira relançou a carreira no Rio Ave, onde tem estado em destaque, mas teve de ser resiliente para saltar obstáculos. O mais duro, confessa, foi a dispensa do FC Porto
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Radiante por ter recuperado de uma lesão prolongada e voltar a "ajudar o Rio Ave com muitos minutos", o avançado André Pereira enalteceu o papel da família e de "um clube que nunca deixa cair ninguém." "Foi um período difícil da minha vida, por ter sido muito longo, mas mantive sempre o foco e tive um grande apoio do Rio Ave", afirmou o jogador, numa conversa com os adeptos, via Instagram.
A cumprir a terceira temporada nos Arcos, André Pereira sente "orgulho por levar a caravela ao peito", até porque, realçou, "o Rio Ave é um clube com quem me identifiquei ao longo da minha carreira, pela envolvência e por estar muito ligado à raça, ao mar e aos pescadores." "Vive-se um sentimento de resiliência, ambição, querer e paixão. Sempre me revi no clube, até por praticar um futebol positivo e entretido para os adeptos", completou.
André Pereira destaca "a união e o compromisso" no balneário do Rio Ave, deixando elogios para o "bom trabalho" do treinador Luís Freire, porque "não é nada fácil gerir 25 egos e personalidades".
Desafiado a escolher uma palavra que definisse a carreira, o avançado elegeu "resiliência". E explicou os motivos: "Os frutos do trabalho colhem-se mais à frente. Os dias bons acabam por chegar. Na minha carreira, passei por clubes de escalões inferiores, tive o meu processo, fui dispensado do FC Porto com 13 anos e não foi fácil gerir isso nessa idade. É uma dor que tem de se aguentar. Tive a ajuda dos meus pais e dos meus amigos, mas, com 13 anos, não há maturidade emocional para receber essa notícia. Depois, fiz o meu caminho, passei por outros clubes e o facto de ter conseguido voltar ao FC Porto deve-se a essa resiliência. Estou muito orgulhoso com o meu percurso.
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