"Não éramos favoritos, mas unimo-nos e, com um grande treinador, superámos os adversários"
Lateral sublinhou o papel de Sérgio Conceição e a "união" de uma equipa que "não era favorita". Em entrevista à rádio "Hora", o brasileiro repassou a estreia no Dragão, que teve um final feliz perante um Sporting que defendia o título e um Benfica com "grande investimento".
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De férias no Brasil, Wendell passou em revista a temporada 2021/22 e os primeiros tempos na Europa, e abordou a hipótese de voltar a alinhar no Brasil. Em entrevista à rádio "A Hora", de Porto Alegre, o lateral-esquerdo do FC Porto explicou o que se perspetivava quando chegou ao Dragão e a resposta da equipa.
"Não éramos os favoritos. O Sporting era o campeão em título e o Benfica fez o maior investimento. Nós unimo-nos como equipa e, com um grande treinador, o Sérgio Conceição, superámos os adversários", vincou o brasileiro de 28 anos, que assinou pelos azuis em brancos perto do fim do mercado de verão de 2021.
O aconselhamento de Alex Telles, como já dissera, pesou na decisão. "Procurou-me e disse-me que o FC Porto era um grande clube, com adeptos que se comportam como se fossem brasileiros. Então não pensei duas vezes", recordou o defesa, que continua a ter o ex-jogador do FC Porto como referência, também por ter alinhado no mesmo clube no Brasil, o Grémio: "O Alex é um grande espelho para mim, se der para seguir os seus passos, ficarei feliz."
Telles, contudo, deixou a fasquia bem elevada. Destacava-se pelo elevado número de participações em golos, registo no qual Wendell foi discreto: marcou um e deu outro a marcar em 27 jogos, numa época de estreia em que não foi, porventura, tão utilizado como seria de esperar.
Boa parte dessas expectativas prendiam-se com as sete épocas que disputou na Bundesliga, ao serviço do Bayer Leverkusen e com uma estreia de fogo que ficou gravada na memória.
"O meu primeiro jogo na Europa foi diante do Bayern de Munique, na altura com Guardiola, Lewandowski, Lahm, Thiago Alcântara, Ribéry e Robben. Perdemos 1-0, mas fui eleito o melhor jogador em campo. É um dos momentos mais especiais da minha carreira", assinalou Wendell.
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O boxe nos tempos livres e um regresso a casa em perspetiva
Na entrevista, Wendell sublinhou que ama o que faz, mas revelou que não leva o futebol para lá das exigências da profissão. Nos tempos livres, o lateral prefere desligar e dedicar-se a outra modalidade, o boxe. Assim, o FC Porto e o Grémio são os únicos que acompanha com dedicação, sendo que tem o desejo de, um dia, voltar à casa que o projetou para a Europa.
"Sempre será minha primeira opção no Brasil. Quando saí, disse que minha história não iria ser encerrada ali. Acompanho a equipa e tenho o Pepê ao meu lado que é um grande adepto", contou, numa rivalidade saudável com Otávio, que jogou no Internacional, o outro clube de Porto Alegre.
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