Jorge Monteiro, de 32 anos, vê potencial na equipa do Gondomar e condições no clube para competir noutro patamar.
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Jorge Monteiro começou 2021 com o pé direito, literalmente, ao usá-lo para marcar, no domingo, o primeiro golo do triunfo do Gondomar sobre o Coimbrões.
Formado no FC Porto, passou por Portimonense, Covilhã, Santa Clara e Moreirense; foi também campeão no Chipre e tem jogos de Liga Europa e apuramento para a Champions no currículo. Em entrevista a O JOGO, fez um balanço da primeira metade da época e projetou o futuro do clube, onde está desde o verão.
Porquê a escolha do Gondomar nesta temporada?
-Com a pandemia, decidi regressar a Portugal, pois não encontrei no estrangeiro um projeto que me desse estabilidade familiar. O Gondomar surgiu à última da hora, pois o treinador queria um jogador com as minhas características. É um clube estável, gerido por gente séria, e não era o tempo de terminar. Quero corresponder e jogar mais quatro, cinco anos.
Como classifica o desempenho da equipa até agora?
-Positivo. A equipa está sólida a jogar e a fazer um excelente trabalho mediante o orçamento do clube, e em comparação com as ambições de outras equipas. Propusemo-nos a ficar num dos cinco primeiros lugares. Se será no primeiro ou no quinto, depende. Não somos favoritos.
"A equipa está sólida a jogar e a fazer um excelente trabalho"
Há potencial para alcançar essa meta?
-Até agora, batemo-nos bem. Perdemos com o Trofense nos últimos minutos e empatámos com o Salgueiros, dois dos candidatos. Dá-me garantias de que podemos sonhar com mais [a promoção à Liga 3]. Trabalhamos muito diariamente...
Face ao seu currículo, que papel tem no grupo?
-Não é por ter mais experiência que sou melhor do que os outros. Sou igual a eles, trabalho como eles, ou até mais. Tento incentivá-los e dar o exemplo para perceberem que não foi por acaso que joguei ao mais alto nível.
Qual a sensação de jogar sem público nas bancadas?
-Tira concentração e motivação. Os adeptos puxam-nos para cima, fazem-nos estar ligados e concentrados para não falhar, pois há aquela pressão. Trazem-nos alegrias e damos tudo por eles para que continuem a apoiar.
Como avalia o nível atual do CdP?
-Há séries mais fortes do que outras e orçamentos distintos. Qualquer jogo é muito competitivo e, se não nos empenharmos ou se não respeitarmos o adversário, torna-se muito complicado superar.
O clube pode competir num nível superior?
-Claramente. O Gondomar tem um ótimo estádio, um campo de treinos e os relvados são tratados diariamente. Há uma estrutura montada para competir mais acima, condições para evoluir e tudo o que precisamos. Os responsáveis são cumpridores e não fogem às suas responsabilidades mensalmente.