"Não atingimos os objetivos mínimos, mas daqui a cinco jornadas começa tudo outra vez"
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez a antevisão ao jogo da 30.ª jornada da I Liga frente ao Famalicão. A partida está agendada para as 20h30 de domingo, em Alvalade.
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Importância de criar uma sequência de vitórias no final: "Obviamente que é sempre importante, não interessa a altura. Temos de criar essa sequência e voltar ao normal do que já fizemos. Não fizemos muito para criar essa sensação esta época e também é importante não sofrer golos contra uma equipa que, para mim, talvez tenha sido a que mais melhorou desde a paragem do Mundial. Tem um bom treinador, que teve tempo para treinar e tem jogadores talentosos, até já fomos buscar alguns. Tem a Taça pelo meio, mas tem objetivos no campeonato. É um bom teste, com uma dinâmica interessante e onde queremos dar sequência à vitória em Guimarães".
Sem objetivo concreto, como se motiva os jogadores? Chegar ao Braga ainda é possível? "Acima de tudo, explicando o processo onde estamos inseridos... Não atingimos os objetivos mínimos, todos os jogadores e staff sabem disso, mas daqui a cinco jornadas começa tudo outra vez. Temos um processo para melhorar e uma equipa com potencial e lacunas para melhorar. Os jogadores sabem que ainda não acabou a época e que têm de pensar no futuro. Eles são jovens, com contratos longos, e é a única forma de os motivar, dizer que a vida do futebol é sempre corrida e que temos estar de melhores daqui a cinco jornadas para começar a próxima época da melhor forma".
Diz que não atingiu os objetivos mínimos. Ainda assim, a porta de saída parece estar fechada: "Isso é estranho para vocês [jornalistas] que andam aqui há mais anos e é estranho para mim. Não estamos à espera disso e também é o reflexo de que sempre tiveram um treinador que ganhou e nunca alimentou saída. Parece que agora é o outro lado da moeda. Não vamos debater esta época, sabendo que talvez o treinador gastou os créditos todos. Mas é o outro lado da moeda, porque mesmo com notícias de sondagens de outros clubes, nunca deixei a porta aberta e agora estou a receber o mesmo tratamento dos adeptos. Eles sabem que têm um treinador teimoso e que nem sempre concordam com o que faço, estou a ser correspondido pelos adeptos, mas não é normal e não é fácil lidar. Não é normal num clube grande como o Sporting ter estabilidade nesse aspeto, mas é sinal de maturidade e facilita-me a vida".