Diogo Paulo, agora no 1.º Dezembro, tem passado no V. Guimarães e vai defrontar o Braga na Taça de Portugal. Tem esperança na qualificação, até porque a equipa da Liga 3 tem “boa ideia de jogo”
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Diogo Paulo é unidade influente no 1.º Dezembro, moralizado para ajudar os sintrenses a fazer “Taça” frente ao Braga, até porque o algarvio, de 23 anos, além dos predicados na zona do miolo apresenta alguns anos de formação no Vitória de Guimarães, o que faz crescer o sentimento antagónico contra o ilustre visitante nesta eliminatória da Taça de Portugal.
Como sénior tentou afirmar-se no Farense, ajudando na subida à I Liga, mas acabou relegado aos sub-23 na passada temporada. Agora, Diogo Paulo vive a euforia do momento, a beleza de uma montra e as esperanças de relançar a carreira a partir da Liga 3. “Este jogo é um pouco especial, pois será contra uma das melhores equipas de Portugal. Na Taça tudo pode acontecer, é nestes termos que temos falado no balneário. É difícil, já o sabemos, mas num grande dia e com um pouco de sorte, poderemos sorrir no final”, avisa o médio natural de Albufeira, que não esquece as afinidades feitas na Cidade-Berço em três temporadas. “É claro que esse período te transmite a mentalidade do que é ser um vitoriano. Pela rivalidade que existe contra o Braga, os duelos eram intensos, de muita luta e qualidade. São duas das melhores academias do país. Joguei com Dani Silva, Händel, Maga e André Amaro, que hoje estão muito bem nas suas carreiras. Do outro lado, lembro-me do Gorby, que se destaca como um excelente médio, o Pedro Santos, agora no Arouca, e o Hornicek, que já era um bom exemplo de qualidade naquela altura e que, agora, nos deve defrontar”, avisa Diogo Paulo.
As perspetivas de um empurrão na carreira a partir da Taça de Portugal estão também presentes, a mente está sintonizada noutras frentes de batalha. “Quero relançar-me, estive dois anos no Farense, assumi-me como titular na equipa que subiu, mas com uma lesão perdi espaço e vieram outros fatores influenciadores da quebra na minha evolução. Coisas que me magoaram mas que fazem parte desta profissão. Um dia contas... amanhã já não! Se compararmos os clubes pode-se considerar que desci um degrau, mas esta aposta no 1.º Dezembro não foi qualquer passo atrás”, garante, justificando que “precisava de voltar a jogar com regularidade e com mais consistência, fazendo o que mais gosto”.
Assim sendo, esta é uma grande oportunidade, que faz entrar em casa a brisa da esperança. “É um jogo que traz uma grande visibilidade, não há como esconder, estará muita gente a ver e será bom para toda a equipa, porque temos vários jogadores de potencial. Mas temos de entender que mais importante é a consistência, não adianta estarmos só bem nestes jogos. É um contexto diferente, mas o compromisso é igual em todos”, observa Diogo Paulo.
No adversário há um jogador que admira, João Moutinho. “É e será sempre uma referência para qualquer médio. Foi um dos melhores em Portugal. Mas o Braga tem uma grande equipa, onde Zalazar e Ricardo Horta são os destaques”, afiança, garantindo um plano de jogo audaz do 1.º Dezembro. “Podemos criar-lhes dificuldades pela nossa boa ideia de jogo. Gostamos de ter bola e queremos tê-la, jogando o jogo pelo jogo, sabendo que do outro lado há muita capacidade e argumentos que não vemos no nosso campeonato. Mas, tendo personalidade com bola, e sendo consistentes defensivamente, poderemos ter algo a tirar deste jogo”, avisa o médio-defensivo, titularíssimo do 1.º Dezembro.
Dani Silva deu-lhe moral e Händel ainda vai melhorar
“Ao sair o sorteio, o Dani Silva, um dos meus grandes amigos, comentou logo que ‘contra o Braga é para ganhar’”, revela Diogo Paulo a O JOGO sobre as mensagens trocadas com o médio ex-Vitória, agora nos italianos do Hellas Verona. Já sobre o menino que ganha relevância em Guimarães, os elogios são destacados. “O Händel está a mostrar toda a qualidade que tem, identifico-me muito com ele, tive o prazer de jogar a seu lado e está a provar o potencial altíssimo que tem. Fico muito feliz por ele e acredito que ainda vai melhorar e fazer coisas interessantes na carreira.”