Miguel Velosa, jogador do Caldas, voltou a Portugal depois de uma má experiência na Chéquia: tem dois golos em cinco jogos e garantiu a primeira vitória fora
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O Caldas obteve a segunda vitória consecutiva na Liga 3 e subiu ao segundo lugar da Série B, com nove pontos, só superado pelo líder Belenenses, que tem 11. A equipa orientada por José Vala alcançou também o primeiro triunfo fora, no terreno do União de Santarém (1-0), num jogo decidido por Miguel Velosa, que fez o segundo golo em cinco jogos.
“Este início de época está a correr-me bem, a nível individual está a correr-me melhore do que esperava e a equipa, aos poucos, está a conseguir somar pontos. Só temos de começar a pontuar um bocadinho mais fora, porque em casa ganhámos sempre”, expõe a O JOGO o avançado de 24 anos, que é natural de Leiria e aceitou o desafio do Caldas após uma experiência na Chéquia que não correu como desejava. “Aceitei este projeto pela mística que o clube tem. É muito respeitado, é especial e tem adeptos apaixonados. Queria voltar a Portugal e o Caldas foi a cereja no topo do bolo para continuar a minha carreira”, resume, acrescentando que o facto de conhecer o central Eduardo Monteiro, antigo companheiro de equipa no Peniche, também pesou na decisão.
Desafiado a comentar a única experiência que teve no estrangeiro, nos checos do Znojmo, Miguel Velosa abriu o jogo. “Em janeiro quis arriscar ir para lá porque nos anos anteriores não estava a conseguir chegar mais longe, mas não correu muito bem. Senti o país menos desenvolvido do que Portugal, havia a barreira linguística, um bocado de preconceito em relação aos estrangeiros e um futebol muito vertical”, conta o futebolista, que na Chéquia encontrou oito compatriotas, incluindo um treinador, mas nem isso ajudou. “O clube até tinha boas condições, dava casa, a ideia era subir à II Liga, mas até a arbitragem nos prejudicava por não termos muitos checos na equipa”, conta.
De regresso a Portugal, o avançado acredita que o Caldas pode classificar-se pela primeira vez nos quatro lugares de acesso à fase de campeão. “O objetivo do Caldas é a permanência, se conseguimos ficar nos quatro primeiros classificados, esse objetivo fica desde logo assegurado. Na época passada foi por um ponto ou dois, o clube esteve muito perto, e este ano vamos tentar andar lá em cima”, frisa.
Tiago Djaló, Inácio e os 40 golos
Com passagem pela formação do Benfica, Sporting e Paços de Ferreira, Miguel Velosa conviveu com craques, como Gonçalo Inácio e Tiago Djaló (reforço do FC Porto), nos leões, e Jota Silva, agora no Nottingham Forest, nos castores. “Estes foram alguns dos que chegaram mais longe, mas joguei com mais”, recorda a O JOGO, aproveitando para referir que rende mais como segundo avançado. “Gosto de procurar espaços interiores ou na profundidade e de descair para a linha. Tenho um bom remate, sou rápido e forte no um para um”, analisou Velosa, que em 2022/23, no Peniche, da AF Leiria, marcou 40 golos, o seu máximo.