Bruno Jacinto afirmou que Mustafá lhe confidenciou, no voo de regresso da Madeira, que Bruno de Carvalho tinha dado luz verde ao ataque à Academia de Alcochete.
Corpo do artigo
O jogo entre Marítimo e Sporting, onde a derrota custou aos leões o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, foi o ponto de partida para o ataque a Alcochete. De acordo com o Correio da Manhã, Mustafá, líder da claque Juve Leo, e Bruno Jacinto, funcionário do clube e oficial de ligação aos adeptos, não viajaram com a equipa - ameaçada pela claque à chegada ao aeroporto - para o continente.
Os dois viajaram para Lisboa apenas na segunda-feira, e terá sido durante a viagem para o continente que Mustafá deu a conhecer a Bruno Jacinto o plano para atacar os jogadores em Alcochete, assim como a luz verde de Bruno de Carvalho. O depoimento do ex-oficial de ligação aos adeptos foi, aliás, fundamental para a investigação do Ministério Público, uma vez que Bruno Jacinto terá relatado ao pormenor a conversa com o líder da claque Juve Leo em pleno voo, na véspera do ataque a Alcochete.
Ainda segundo o Correio da Manhã, o relato bate certo com a SMS enviada por Bruno Jacinto a Tiago, número dois a Juve Leo, horas depois da chegada a Lisboa. "Já avisaram o 'presi' e o André?', terá questionado Jacinto, ao que Tiago terá respondido que não. Jacinto terá enviado, posteriormente, uma mensagem a André Geraldes a avisar que os membros da Juve Leo planeavam deslocar-se a Alcochete no dia seguinte [terça-feira]. Nessa altura, a hora do treino já estaria mudada e o grupo de WhatsApp dos agressores já estaria criado, com mais de cinquenta membros da Juventude Leonina a responder afirmativamente ao chamamento de Mustafá.