Fim da participação de Portugal determinou o valor a que o FC Porto tem direito a receber da FIFA pela presença de atletas na prova. Chegada de Diogo Costa, Pepe e Otávio aos "quartos" possibilitou encaixe global de quase 800 mil euros. Eustáquio, Taremi e Grujic saíram na fase de grupos e "valem" cerca de 170 mil euros cada um.
Corpo do artigo
A presença de Diogo Costa, Pepe, Otávio (Portugal), Grujic (Sérvia), Eustáquio (Canadá) e Taremi (Irão) no Mundial faz com que o FC Porto tenha direito a receber mais de 1,3 milhões de euros da FIFA, por intermédio da FPF.
A compensação, calculada por O JOGO com base na taxa de câmbio do dólar de ontem, resulta do Programa de Ajudas a Clubes celebrado entre o organismo que tutela o futebol mundial e a ECA (Associação de Clubes Europeus), que entrou em vigor em 2010 e que, por isso, já havia permitido a entrada de uma quantia generosa nos cofres dos dragões no passado.
Em 2014, por exemplo, receberam cerca de 854 mil euros, enquanto em 2018, fruto do incremento dos prémios, o valor cresceu até aos 1,47 M€. Mas voltemos às contas atuais.
Antes do pontapé de saída do certame organizado pelo Catar, a FIFA informou que cada clube com jogadores no Mundial receberia 10 mil dólares americanos (cerca de 9491 euros) por cada dia em que estes estivessem na prova. A contagem incluía a fase de preparação, que arrancou a 14 de novembro, e continuaria até ao fim de cada uma das fases: grupos (2 de dezembro), oitavos de final (dia 6), quartos (dia 10), meias (dia 14) e final (dia 18).
Assim, a chegada de Portugal ao segundo jogo a eliminar da competição fez com que Diogo Costa, Pepe e Otávio tenham rendido quase 266 mil euros cada um, ou seja, perto de 800 mil euros no total. A este acresce ainda o respeitante a Eustáquio, Taremi e Grujic, que se despediram da prova ainda na fase de grupos, "valendo" cada um uma verba a rondar os 171 mil euros. O do canadiano, sublinhe-se, terá de ser dividido com o Paços de Ferreira, o outro clube que representou nas últimas duas épocas.
Aos benefícios financeiros diretos poderão ainda juntar-se outros no futuro, devido à valorização obtida por alguns jogadores no Mundial. Se no caso de Pepe o impacto é praticamente nulo, apesar de ter feito um golo e sido um dos melhores da equipa das "Quinas", no de Diogo Costa, Otávio, Eustáquio e Taremi o caso muda de figura.
O guarda-redes português não ficou bem na fotografia no jogo que ditou o afastamento da Seleção Nacional, com Marrocos, mas teve intervenções de qualidade no percurso até aí. O médio luso-brasileiro manteve a regularidade habitual, o canadiano recebeu críticas positivas e o atacante saiu do Catar como o elemento mais preponderante do Irão, com dois golos a Inglaterra e uma assistência com o País de Gales. Grujic foi o portista que jogou menos (apenas 12"), mas era um cenário expectável, tendo em conta a parca utilização até há bem pouco tempo no FC Porto.