Tai Znuderl, guarda-redes de 18 anos, é uma referência sólida na baliza dos sub-23 do Braga. Com 23 jogos disputados esta época na Liga Revelação, vive uma fase de afirmação
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Há um muro erguido em Braga que fala esloveno e pensa como veterano. Chama-se Tai Znuderl, tem apenas 18 anos, mas já se impõe com a autoridade de quem sabe muito bem o que quer. Entre os postes dos sub-23 dos arsenalistas, tem sido presença absoluta esta temporada na Liga Revelação, com 23 jogos. Chegou ao clube há três épocas, ainda em idade juvenil e, este ano, deu o salto da equipa de sub-19 para os sub-23.
“Precisei de algum tempo para me adaptar ao nível mais elevado no início da época. Afinal, vim da equipa de sub-19 e a diferença é grande. Os jogadores aqui têm mais experiência” explica, sem pressas, mas disposto a não desperdiçar oportunidades: “À medida que a época avançou, progredi. Ganhei confiança. Treinar com a equipa principal ajudou imenso na adaptação. Sinto que evoluí como guarda-redes, mas sei que ainda tenho muito espaço para crescer”.
Na voz de Tai há a mesma calma que transmite em campo, mesmo quando o jogo pede nervos de aço. “Até agora, esta tem sido a época em que mais evoluí. A Liga Revelação é exigente, os treinos são duros. É o ano em que tenho de dar tudo para ser competitivo e ajudar a minha equipa a vencer. Sem dúvida, é a temporada mais difícil da minha carreira”, admite o guardião.
No internacional jovem esloveno, há referências juntas à ambição. Uma vive dentro de portas e começou exatamente como ele: Lukas Hornicek. O guarda-redes da equipa principal do Braga também veio dos sub-19 e passou pela Liga Revelação, antes de afirmar-se como um dos rostos mais promissores do plantel de Carlos Carvalhal. “Claro que me inspira… sem qualquer dúvida! Ele é a prova de que os guarda-redes têm de trabalhar muito, ser pacientes e persistentes na luta pelos seus sonhos. Estou muito grato por ter tido a oportunidade de treinar com ele e aprender. Para mim, o percurso do Hornicek é a minha maior motivação para, um dia, ser tão bom como ele”, remata.
Um troféu nos objetivos
Depois de um arranque titubeante, o Braga reencontrou-se e segue na luta pela revalidação da Taça Revelação. Tai Znuderl faz o balanço. “Tivemos um início mais lento, mas conseguimos encontrar o nosso ritmo. Houve jogos bons e maus, mas o mais importante é que nunca baixámos os braços”, afirma. E, embora reconheça o esforço e a evolução do grupo, sublinha que a exigência interna é uma constante: “Conquistar a Taça Revelação deve ser o nosso objetivo comum. No entanto, também queremos progredir, enquanto equipa e individualmente”.