Mais faltas, a garantir uma combatividade mais efetiva: os vila-condenses deixaram de lado o "romantismo" e colhem frutos.
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Numa altura decisiva da época, o Rio Ave mudou uma característica do seu jogo, aumentando consideravelmente o número de faltas e controlando melhor, dessa forma, o jogo ofensivo dos adversários.
Aconteceu no triunfo (1-0) sobre o E. Amadora e no empate (0-0) com o Feirense, os últimos dois jogos, nos quais a equipa fez 21 e 22 faltas, respetivamente, não sofrendo golos e somando quatro pontos que a mantêm na luta pela subida, sem depender de terceiros.
Como comparação, refira-se que nos dois encontros anteriores, o Rio Ave somara apenas seis faltas na derrota (2-1) com o Chaves e dez no empate (2-2) com o Leixões, tendo, até então, uma média de 14,6, que subiu agora para 15,26 com os dois últimos duelos.
Sublinhe-se que nas cinco derrotas sofridas no campeonato, frente a Feirense (4-0), Ac. Viseu (2-1), Benfica B (2-0), Mafra (2-1) e Chaves (2-1), a formação vila-condense sofreu 12 golos e fez apenas 57 faltas, com uma média de 11,4 por partida. Talvez por isso, o treinador Luís Freire tenha decidido mudar o chip. "Fomos uma equipa muito aberta durante muito tempo no campeonato, numa perspetiva de proporcionar bons espetáculos e bom futebol, e a verdade é que, muitas vezes, fomos penalizados e ficámos mais expostos", disse o técnico no rescaldo do jogo com o Feirense. A nova abordagem passa, portanto, por ter "mais agressividade", até porque, lembrou, "em Chaves fizemos seis faltas e contra candidatos temos que ser mais agressivos", concluiu.