Mourinho, Akturkoglu e a Liga Europa: "Está lá o FC Porto, que é forte, muito forte"

Análise: "É um clube que conhece este tipo de jogo, obviamente que existe a tristeza de não conseguir, mas da minha parte existe a consciência que perdemos contra uma equipa que é melhor do que a nossa. Se analisar esta eliminatória com tranquilidade, resume-se a: no primeiro jogo, as duas equipas foram iguais e, no segundo jogo, o Benfica foi muito melhor do que nós na primeira parte mas, na segunda, fomos melhores mas não muito melhores. No nosso momento de domínio, tivemos oportunidades mas depois ficámos reduzidos a dez e o jogo acabou. Mas acho que na globalidade a melhor equipa passou".

Se estava à espera que jogasse Barreiro: "Disse ontem que o Benfica tem tantas soluções que estar a tentar prever é complicado. O que fizemos é trabalhar sobre todas as possíveis opções e jogar. O Barreiro era uma opção possível. A primeira parte tem muito que ver com experiência, com falta de confiança, com pouco… Não era o habitat natural".

Que impacto tem o facto de o Fernbaçhe ter sido eliminado da Champions: "Não ganhamos o campeonato há não sei quantos anos e o objetivo é sempre esse. Obviamente que a Liga Europa é uma competição mais adaptada ao nosso potencial. No ano passado fizemos uma boa Liga Europa, fomos eliminados nas grandes penalidades depois de um jogo brilhante em Glasgow. Agora vamos tentar chegar mais longe. Continua a haver boas equipas na Liga Europa mas o nível é diferente da Champions. Mas está lá o FC Porto, que é forte, muito forte".    

Se esperava que Akturkoglu fosse lançado: "É jogador do Benfica, que faz o seu trabalho como profissional. Jogou lá, jogou cá, não vejo nenhuma anormalidade disso. É um óptimo jogador, fez um grande golo, ajudou a equipa a passar. O Benfica tem mais opções e dentro de campo tem mais experiência, mais força física. Mas é preciso decidir-se bem, não ter medo de tomar decisões, o Bruno Lage, se calhar, tomou decisões pouco populares, que se as coisas tivesse corrido mal, seguramente os milhões de treinadores de bancada iriam criticar. Mérito para ele, que tomou as decisões em que acreditava. Respeitou-nos nos dois jogos. Eles foram melhores e mereceram ganhar. Sentir que nos minutos eles tiveram medo, não nos dá vitória mas dá-nos um bocadinho do feeling que somos melhores do que fomos na primeira parte. Enquanto treinador também tenho de me agarrar às coisas positivas que podemos tirar na negatividade de uma derrota e de uma primeira parte muito fraca da nossa parte".