O agora treinador do Al-Ahli recordou o tempo que lhe foi concedido pela direção do FC Porto para decidir o futuro e a forma como lhe manifestaram a vontade em que continuasse.
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Substituído por Paulo Fonseca no comando técnico do FC Porto, após a conquista de dois títulos nacionais consecutivos, Vítor Pereira só tem elogios para os azuis e brancos. Ao ponto de se afirmar convencido de que, tanto da sua parte como do clube, ter deixado a porta aberta. "O futuro a Deus pertence. Julgo que deixo uma porta aberta no clube e acho que os responsáveis do clube julgam o mesmo", disse o novo treinador do Al-Ahli, da Arábia Saudita, em entrevista ao "Mais Futebol" e à TVI.
Dizendo que a separação do FC Porto foi uma decisão emocionalmente difícil, após um total de cinco anos na formação e três nos seniores (um como adjunto de Villas-Boas e dois como treinador principal, em que conquistou oito troféus), Vítor Pereira referiu que a decisão "demorou muito tempo a ser tomada". Tempo esse que, sublinha, o clube lhe proporcionou, o que o deixou agradavelmente surpreendido. "Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles. Não é normal darem tanto tempo a um treinador para tomar uma decisão. Mostraram que me queriam, mas tive de tomar uma decisão e comuniquei-a ao presidente no dia 29 de maio. A partir daí o F.C. Porto teve de partir para outras opções e eu para outros caminhos", explicou.
As palavras de gratidão de Vítor Pereira foram extensíveis aos jogadores - "os verdadeiros protagonistas" -, direção, administração e a todos os que trabalham "na sombra", bem como aos adeptos. "Saio tranquilamente e em paz com toda a gente, do presidente ao técnico de equipamentos. Foi uma experiência fantástica", resumiu, recusando, no entanto, dizer se em Portugal só trabalhará no FC Porto. "Não posso, como profissional, dizer que não vou trabalhar aqui ou acolá. Isso seria irresponsável e eu com a minha família não sou irresponsável. Vamos ver as oportunidades que me vão surgir no dia em que decidir voltar", justificou o técnico.
Elogios também para o sucessor, que não conhece bem mas tem um bom cartão de visita: "Fez um excelente trabalho no Paços e justifica esta aposta. Diria mesmo que fez um trabalho brilhante no Paços de Ferreira".
